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A Passagem

20150330

Boa tarde!

Chegámos à semana da Páscoa, que conclui um período de Quaresma tão forte e intenso, com tantos acontecimentos, e alguns que nos marcaram de forma singular. Páscoa é passagem, é renascimento e redenção, mas tudo isso implica mudança, implica entregarmo-nos à transformação profunda do nosso Eu.

As mudanças mais fortes e intensas são aquelas que não são visíveis, são aquelas que são operadas dentro de nós e que nos vão reprogramando, calma e levemente, à medida que a vida nos vai apresentando os seus desafios, à medida que vamos percorrendo o nosso caminho. Não é a nossa codificação original que vamos mudar, até porque nós não mudamos naquilo que são os nossos comportamentos instintivos e a nossa personalidade, é sim o apuramento da essência luminosa dessa codificação original, o despertar do diamante que, durante tantos anos, nada mais foi do que uma pedra tosca e dura.

Assim como Jesus teve de morrer para que o Cristo pudesse cumprir a sua missão, também em nós tem de haver o renascimento para o nosso caminho e para o nosso propósito, a compreensão de quem somos, a entrega absoluta que, por si só, também implica o sacrifício de algo. Sacrifício é isso mesmo, um sacro ofício, uma tarefa tão sagrada que, quando feita com e por Amor, se torna na mais sublime e bela energia de transformação.

Compreender a passagem que estamos a viver, neste momento das nossas vidas, individual e colectivamente, permite-nos aceitar o nosso propósito e fazer o nosso caminho de forma mais fluída, sem o sofrimento que tantas vezes está associado à vida na Terra. Sofrimento e dor são coisas diferentes, com propósitos substancialmente diferentes também. A dor ensina-nos, pois ela é o quebrar de estruturas que já não nos servem, ou que tiveram um propósito, e o abrir para um novo Eu, um novo caminho, uma nova realidade. A dor eleva-nos, pois ela indica-nos que depois dela há uma Luz mais forte e um Despertar do verdadeiro sentido da caminhada percorrida. O sofrimento, por seu lado, é um prolongar da dor, é uma não-aceitação dessa mesma dor e uma vivência vitimizada de tudo o que a vida nos propõe ultrapassar e superar.

Quando somos capazes de ver esta diferença e de a aceitar na nossa caminhada, então somos capazes de nos transformarmos e de encontrarmos, em cada caminho, a beleza de todas as coisas, o renascer e o reajustar do nosso próprio percurso em prol da Luz que, um dia, a nossa alma escolheu trazer à Terra. Esta é a verdadeira passagem que precisamos de aceitar e fazer, neste momento, nas nossas vidas.

Boa semana!

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