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O Tempo que Vivemos

20150831

Bom dia!

Chegámos ao último dia de Agosto, mês que, por hábito, é de férias e descanso. Para muitos, os próximos dias representam o recomeço do ritmo de trabalho, quando as aulas recomeçarem, o levar e buscar as crianças à escola, com o consequente acompanhar dos seus ritmos, os horários controlados e as reclamações habituais sobre o fim das férias, as segundas-feiras e afins. No entanto, quer seja este voltar, quer mesmo se continuem ou iniciem as férias, este mês que brevemente se abre traz-nos uma energia de mudança que quase podemos tocar e agarrar com as nossas próprias mãos.

O mundo à nossa volta, nomeadamente nestes últimos dias, tem-nos trazido constantes e angustiantes notícias de situações limite, sinais de um mundo que anseia por transformações profundas, que pede uma maior preocupação com as questões humanas e menos com o mundo financeiro, do poder e da economia. Por ganância, por apego, por um total desligamento do amor ao próximo e a si mesmo, cometem-se atrocidades, manipulam-se pessoas, famílias e até sociedades inteiras. No entanto, cada dia mais, é difícil ficarmos indiferentes às notícias, às imagens, ao que nos rodeia, pois o nosso coração aperta e chora. Sentimo-nos, cada dia mais, ligados a todas essas pessoas, sentimo-nos parte de um todo que sofre, que é violentado, mutilado e maltratado. Muitos dizem que é o fim do mundo, o Apocalipse, mas a verdade é que é apenas, realmente, um fim há muito anunciado que irá dar origem a algo novo que está, simplesmente, nas mãos de cada um de nós.

No entanto, o que vemos à nossa volta é o mesmo de sempre. É fácil colocar a culpa nos outros, na crise, nos governos, nas instituições, nos patrões, no vizinho, nos pais e até no Universo. Contudo, se pensarmos no nosso planeta como um ser vivo, com um corpo tal como o nosso, totalmente integrado, vamos perceber que, na Terra, a atitude de um influencia o outro, ainda que não o conheça. Na Terra, todos estamos ligados por uma rede invisível e por laços que nem sequer conhecemos, e cada dia mais isso é visível, com a internet, as redes sociais e a comunicação a ganharem, de dia para dia, mais força, poder e protagonismo. Se assim é, e basta pensar e sentir um pouco sobre isso para percebermos que sim, então conseguimos compreender também que tudo o que se passa no mundo tem uma origem, nós mesmos.

Digo-o diversas vezes, o mundo está a mudar porque cada um de nós está em mudança, e tudo o que vemos à nossa volta, que nos entristece e revolta, são reflexos de uma enorme resistência que todos nós temos à saída da nossa zona de conforto. É visível no mundo “lá fora”, mas se assim quisermos, podemos claramente ver isso, nomeadamente, em nós. Quando resistimos, quando não escolhemos ser nós mesmos, quando escondemos quem somos atrás de barreiras que, à primeira vista, até nos defendem mas que, com o passar do tempo, descobrimos que não conseguem fazer desaparecer aquilo que é da nossa própria natureza, entramos em conflito e em ruptura interior, desenvolvemos um sem número de sintomas físicos, mentais e emocionais, reflexos de um desligamento profundo com a nossa essência espiritual.

O tempo que vivemos, a escolha que fizemos ao vir à Terra neste período tão forte e importante, pede-nos que saibamos trabalhar em nós para podermos caminhar mais profundamente no sentido de cumprirmos o nosso propósito de vida. Sabermos olhar para a nossa vida no momento presente e ouvirmos o nosso coração, respeitando aquilo que ele nos diz, o que ele nos faz sentir, vai-nos levar até ao que efectivamente precisamos para operar qualquer mudança e transformação positiva na nossa vida, viver em Amor, ter Fé em nós mesmos e na nossa essência divina, alimentar a Esperança de podermos auxiliar a tornar o mundo diferente. No entanto, para isso, temos de começar por nós, fazendo um caminho constante de entrega e perdão, a única forma de chegarmos ao Amor, ao Amor por nós, pelo nosso irmão, pela vida que nos rodeia.

A mudança, qualquer tipo de mudança, começa com pequenos passos, pequenas atitudes, pequenas decisões. Alguns desses passos são difíceis, levam tempo, são dolorosos e intensos, pois são cortes necessários para extrair coisas que em nós já não pertencem e que apenas nos fazem mal, que nos consomem e destroem. No entanto, é fazendo-o que podemos cumprir o nosso caminho, é escolhendo esse percurso que nos podemos transformar. Só dessa forma conseguiremos, não num dia, nem num ano, talvez nem no tempo de uma vida humana, mas, ao mesmo tempo, todos os dias mais um bocadinho, mudar o mundo. As oportunidades para o fazermos estão à nossa frente, bem neste tempo em que vivemos, só temos de estender a mão e as agarrarmos.

Boa semana!

Imagem: Flickr – user Bob Bob

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