
Boa tarde!
Quando me preparo para fazer estas reflexões de segunda-feira, peço sempre alguma orientação superior para poder direccionar-me e orientar-me no que vou escrever. Desde manhã cedo que tenho um tema muito preciso no meu coração e não poderia deixar de o explorar.
Quando, há umas semanas, Saturno entrou no signo de Sagitário, muitos, levados pelos três árduos anos em que ele esteve em Escorpião, foram impelidos a trazer uma mensagem mais positiva e dinamizadora, focada na fé e na expansão, esquecendo a natureza mais fechada e fria de Saturno, esquecendo também que é preciso morrer para renascer, e que renascer é um acto de profunda dor. Saturno entrou em Sagitário e poucas semanas depois o mundo voltava ao tema do terrorismo, do extremismo, da violência e do desequilíbrio.
Hoje, quando me preparava para agarrar neste texto, foi o tema da humildade que me tomou o coração e me inspirou. Creio, honestamente, que uma das maiores lições que temos de aprender com Saturno em Sagitário é precisamente a da humildade. Quando vimos à Terra, quando nascemos, somos apenas bebés, corpos frágeis e indefesos, que necessitam de amor, carinho, protecção e cuidado. Ao entrar em Sagitário, Saturno lembra-nos que para renascer é preciso reconhecer a fragilidade do corpo e elevarmo-nos à beleza do espírito, trazendo a humildade ao nosso coração e entregando-nos ao seu mais profundo ensinamento, pois ele é um mestre.
A humildade é um adubo para o nosso crescimento pessoal e espiritual, ela fortalece a nossa alma e permite que o amor se expanda e nos faça, efectivamente, elevar-nos. Humildade não é servilidade nem escravidão, nem tão pouco modéstia. Humildade é conhecermo-nos em todo o expectro do nosso ser, aceitando-nos e, com isso, possibilitando a aprendizagem que a vinda à Terra nos traz. Todos os acontecimentos das últimas semanas, não só os do mundo à nossa volta, mas também os que passaram nas nossas vidas e dentro do nosso Eu, trazem-nos, a meu ver, a grande mensagem da necessidade de sermos humildes e respeitarmos o próximo, aceitando que, enquanto humanos, precisamos uns dos outros, aprendemos uns com os outros, conhecemo-nos uns pelos outros.
Já não falamos de espelho nem nada parecido, já não é essa a grande questão. Falamos do reconhecimento de que estamos todos ligados a uma mesma fonte, a uma mesma origem, a uma mesma energia, a do Amor. Falamos de que somos todos um e que, nestes tempos de Ascensão, a dualidade que ainda vemos à nossa volta já não faz sentido, já não nos faz evoluir, já não nos permite viver o propósito de transformação que a escolha de uma vida na Terra implica. Há que pensar, reflectir, mas, acima de tudo, sentir dentro do nosso coração a força e a beleza da humildade.
Boa semana!