
Boa tarde!
Paremos um pouco para olhar o ritmo dos nossos dias. O tempo tem passado a voar, os dias passam sem que tenhamos a noção, não conseguimos dar vazão a tudo o que temos para fazer, a frustração começa a pesar em nós e há um momento em que somos obrigados a parar e a olhar para o nosso Eu, para o que se está a passar connosco, questionarmo-nos se é isto que queremos manter na nossa vida ou se pretendemos um novo caminho.
Os tempos que vivemos pressionam-nos das mais diversas formas, por todos os flancos, aniquilando aquele controlo que achávamos que tínhamos sobre as nossas vidas, quando estava tudo tão certo e tão direitinho que, pensávamos nós, nunca iria mudar, apenas crescer.
O problema do ser humano foi, nomeadamente nos últimos séculos, pensar que a forma desse crescimento teria de ser pelo Ego, pela posse, pelo materialismo. Criámos, por isso, um ambiente de medo e de temor, onde o controlo da inteligência e da capacidade mental tornou-se uma das mais fortes e maiores realidades do mundo de hoje. Não, não é um cenário dantesco nem de ficção, pois se olharmos à nossa volta e nos permitirmos pensar, raciocinar, mas, acima de tudo, sentir, veremos que é a realidade em que vivemos.
Sim, o caminho é de crescimento, mas de crescimento do que é ser-se Humano. Crescer é tomar consciência do nosso papel nesta Terra, neste estágio evolutivo. Crescer é libertarmo-nos das prisões do Ego, nomeadamente as do materialismo e compreender que a Terra, o Universo, a Fonte, dá-nos sempre tudo o que necessitamos. Como nos disse o Mestre, olhemos para a Natureza à nossa volta, ela existe, cumpre o seu papel, e o que a rodeia dá-lhe tudo o que ela necessita para ser apenas ela mesma. Sim, existem hierarquias e competições na Natureza, entre as plantas e os animais, mas não existe raiva, mesquinhice, nem sequer apego, pois ela rege-se pela mesma energia que criou todo o Universo, a energia do Amor.
Olhemos para dentro de nós, a nossa própria vida, compreendamos o que é verdadeiramente importante para nós. Será que estamos a dar a devida atenção? Será que nos estamos a dar o devido valor? Será que estamos a dedicar-nos da forma correcta, a nós e ao que amamos? Estamos a dar o melhor de nós no que realmente nos faz feliz? Crescer enquanto humanidade é reconhecermos que é o Amor que nos move, é o Amor que cria, é o Amor que nos une. Crescer enquanto humanidade é também compreender que cada um de nós é único e tem um papel singular.
Nesta semana em que nos céus tanto se irá passar, sentiremos o peso e a pressão destas coisas que descrevi. Por isso, volto ao início, paremos um pouco para olhar o nosso ritmo, paremos um pouco para olhar para dentro de nós e percebamos se realmente estamos a ser nós mesmos ou apenas a ser um espectro do que achamos que a sociedade espera de nós e nos impõe.
Boa semana!