O tempo continua a parecer voar e, tão rapidamente que mal demos conta, chegámos a Outubro. O mês que passou foi intenso, forte e desafiador, trazendo ao de cima muitas coisas que estavam bem guardadas dentro de nós, revelando, acima de tudo a nós mesmos, que ainda há muito trabalho a fazer e que não podemos, de forma alguma, parar na nossa caminhada. Agora é chegado o tempo de nos reajustarmos, de limpar e trabalhar o que necessário for para podermos subir mais um pouco na escadaria da nossa evolução. Essa é a energia que temos presente nas nossas Conexões deste mês.
As Conexões para a energia dos Signos trazem-nos, juntamente com a energia do Tarot, mensagens, orientações e ideias para as doze dimensões do Ser que estão sempre a operar connosco. Através destas conexões, poderão ver a mensagem quer para o Signo Solar (o “nosso” signo), quer para o Signo Ascendente (se for diferente), e compreender ainda melhor o trabalho a fazer neste mês! Para além da Conexão dos Signos, e já para começar, uma mensagem geral para os próximos dias!
Outubro
As últimas semanas trouxeram-nos muitos desafios mas, ao mesmo tempo, revelaram muito do que estava escondido em nós, tapado pelas estruturas que criámos ao longo dos tempos e que já nem conseguíamos ver o quão cristalizadas estavam. Todos os acontecimentos que vivemos e presenciámos, que, mesmo não sendo connosco, de alguma forma, nos afectaram, transportaram-nos para um ambiente mais emocional e obrigaram-nos a lidar com os nossos sentimentos. O Cavaleiro de Copas, a carta que nos traz a energia para este mês, fala-nos precisamente de um ambiente mais emocional, onde, ao mesmo tempo que somos levados a viver as nossas emoções, somos confrontados com a necessidade de nos libertarmos de ilusões e de sonhos infundados. Para isso, a mente não pode continuar a sobrepor-se ao coração, não pode criar artimanhas que nos levam a vivências dramáticas, medos, anseios, receios e ilusões. Este mês, alinhados com a energia de Balança, que domina maior parte do tempo, precisamos de saber equilibrar o nosso Eu, e tal só é possível quando acalmamos o nosso ser, paramos para olhar para nós, compreender o que nos é trazido através dos espelhos que os outros são para nós e das situações que vivemos, e ouvir, verdadeiramente, o nosso coração, o que ele nos está a pedir e o que ele nos pode ensinar. Nem sempre isso é fácil, pois, efectivamente, obriga-nos a sair duma vibração que, apesar de mais negativa, é mais confortável no mundo em que vivemos, a do medo. O que esta carta nos pede, no seguimento de tudo o que temos vivido, é que saibamos vibrar em Amor, por nós mesmos e pelos que nos rodeiam, nos libertemos de mágoas, medos, dúvidas ou receios e alimentemos no nosso coração a energia que tudo cria, pois só com essa mesma energia podemos dissipar qualquer nevoeiro que nos é surja no caminho. Ouvir o nosso coração é tomar consciência do nosso Mestre Interior e é essa a possibilidade que temos este mês ao nosso alcance.
O desafio que nos tem sido colocado, sem dúvida, tem sido duro, e este mês não é excepção. Depois de toda a tomada de consciência que tivemos de fazer e as escolhas e decisões que tivemos de tomar em relação às mais variadas questões das nossas vidas, agora é tempo de deixar para trás o que já não nos pertence e reconhecer que mesmo com todas as transformações e perdas, as coisas que são realmente boas e que verdadeiramente são parte do nosso caminho, continuam bem firmes e fortes em nós. Essa é a mensagem que o 5 de Copas, uma das mais desafiadoras cartas dos Arcanos Menores, nos traz para este mês, pedindo-nos que nos libertemos, definitivamente, das coisas que sabemos já não serem parte do nosso ser, das nossas vidas, pois só dessa forma seremos capazes de abraçar o que de bom existe, novos caminhos, novos desafios, novas aventuras e novas possibilidades. Muitas vezes, perante algo que corre mal, ficamos presos à tristeza e à mágoa da perda, vivemos um sofrimento que nos consome a energia e nos impede de avançar, pois, rodeados de tão pesados pensamentos e sentimentos, não vemos caminho, não vemos saída. É preciso então fazer esse luto, queimar e transmutar esses sentimentos e transformá-los em Amor e Luz, aceitar as vivências e os caminhos que, na verdade, são reflexo directo ou indirecto das nossas próprias escolhas. Apenas quando somos capazes de o fazer é que nos libertamos de tudo o que nos prendia, pois compreendemos que apenas nós nos prendemos a nós mesmos. É tempo de reconhecermos e trabalharmos a verdadeira liberdade, a do Espírito, e essa só é possível quando vibramos em Amor, aceitação e entrega.
Touro
Os desafios continuam para a energia de Touro e este mês há mais trabalho a fazer e mais para olhar em nós. Muitas vezes, os acontecimentos da nossa vida pressionam-nos e levam-nos a reconhecer coisas em nós que estão tão enraizadas que nem sequer, tantas vezes, nos apercebemos delas. No entanto, quando começamos a querer mudar, avançar e transformar áreas das nossas vidas, há um momento em que somos confrontados com essas barreiras que existem em nós, vindas das nossas crenças, da nossa educação, do meio social onde crescemos e nos desenvolvemos e que, com o passar do tempo, cristalizaram e tornaram-se factores de grande bloqueio. O 8 de Espadas lembra-nos que os maiores impedimentos ao nosso crescimento e à nossa evolução estão dentro da nossa mente em forma de crenças sobre nós mesmos, de estruturas mentais que cresceram connosco e nos moldaram, de questões sociais que estão tão enraizadas que nem nos apercebemos que apenas nos bloqueiam e restringem. Podemos desculpar-nos e dizer que foi algo que nos foi incutido pelos nossos pais e pela sociedade desde o início da nossa vida e, como tal, não é fácil de mudar. No entanto, esta carta lembra-nos que a mudança começa em nós mesmos, quando tomamos consciência que muitas das barreiras que alimentamos são apenas espectros, são reflexos do que nos construiu enquanto pessoas. Muitas delas foram essenciais durante muito tempo, para que pudéssemos crescer e criar algumas bases do nosso ser, mas agora são como uma camisola que temos desde a infância e que gostamos tanto que a queremos continuar a vestir, mas que já não nos serve e que, tentar vesti-la é perda de tempo. Esta carta recorda-nos que aquilo que durante muito tempo considerámos como válido e correcto, até mesmo estrutural, hoje pode ser o que nos prende ao chão e nos impede de avançar. Então, são os nossos pensamentos, as nossas crenças, que precisam de mudar, e tal só é possível quando alimentamos a nossa mente com beleza, com Luz, com Amor, permitindo-nos largar dos preconceitos, das idealizações, das armadilhas do Ego e dos nossos medos.
Gémeos
Um novo ciclo se iniciou para a energia de Gémeos nas últimas semanas e novos caminhos precisam agora de ser trilhados. Então, para nós, energia tão mental e dispersa, é preciso agora saber focar a nossa mente, os nossos pensamentos e crenças, para esta mudança a que nos propusemos. O Rei de Espadas é uma carta muito forte e poderosa, que nos pede que sejamos donos da nossa vida no campo onde, teoricamente, já o devíamos ser. No entanto, na vivência constante da curiosidade, entramos em total dispersão e permitimos que a nossa mente seja bombardeada com todo o tipo de informação, levando-nos a, tantas vezes, perder a noção concreta e real do caminho que necessitamos de fazer e dos passos que precisamos de dar. Agora, contudo, o tempo é diferente, e em nós está a possibilidade de criar nas nossas vidas o caminho que efectivamente queremos percorrer. Tal só é possível quando sabemos discernir e ouvir a nossa essência, tomando as decisões baseados não em crenças e dogmas, mas sim pela nossa própria verdade, ainda que isso implique ouvir o nosso coração. É preciso, em definitivo, assumir quem somos e o que pretendemos, sem medos ou receios, perante nós mesmos, perante o nosso próprio caminho de vida. Apenas quando o fazemos somos capazes de nos libertar dos dramas que a nossa enérgica mente tantas vezes cria e que nos deixa estáticos por fora, mas em verdadeira tempestade dentro da nossa mente. Ainda que tenhamos uma constante e intensa actividade mental, que as ideias e os pensamentos nasçam e proliferem como cogumelos, o que esta carta nos recorda é que os passos que damos são resultado do foco naquilo que é o realmente importante nas nossas vidas, e que tal só é possível quando deixamos de ouvir o mundo de forma indiscriminada e passamo-nos a ouvir, acima de tudo, a nós mesmos.
Caranguejo
Os desafios continuam para a energia de Caranguejo, e embora sejamos mais emocionais que mentais, é no campo dos pensamentos, das ideias e das crenças que continuamos a ser chamados a trabalhar. O 7 de Espadas é uma carta difícil e complexa, que nos recorda que nem sempre o caminho mais curto é o mais acertado e que, acima de tudo, fugir de nós mesmos nunca pode ser opção. Muitas vezes, perante situações nas nossas vidas que vemos já não fazerem parte do nosso caminho, temos a tendência de as suportar, seja porque não queremos magoar outras pessoas, seja porque temos medo de mudar. No entanto, quando o fazemos, deixamos de ser nós mesmos e começamos a ter atitudes que vão contra a nossa própria natureza e aquilo que acreditamos ser o nosso caminho. Então, é tempo de não deixarmos de enfrentar os desafios que a vida nos coloca, pois cada um deles traz-nos matéria-prima para a o nosso crescimento, para a nossa transformação, para a nossa evolução. Quando fugimos de encarar aquelas coisas que nos incomodam, sejam em relação a pessoas à nossa volta, ou até mesmo a situações das nossas próprias vidas, protelamos a sua resolução. Aquela situação em concreto pode até desaparecer, mas certamente ela voltará para nós, noutro formato, com outras pessoas e, sem dúvida, mais intensamente. Então, é o tempo de deixarmos de fugir dos nossos desafios e saber encará-los, de peito aberto, resolvendo-os e limpando-os das nossas vidas. Num plano mais concreto, esta carta alerta-nos para situações nas nossas vidas que podemos sentir como decepções, enganos ou traições e que, no seguimento do que nos tem sido mostrado, não podemos fugir de encarar, sob pena de, mais uma vez, deixarmos de ser nós mesmos em prol de outros. No entanto, recordemo-nos também que, por norma, tais situações só surgem porque nós não queremos ver o que está à frente dos nossos olhos, porque preferimos dar mais força às nossas necessidades de ligação, às carências emocionais, do que ao que o nosso coração nos está a dizer e a nossa mente, constantemente, nos está a alertar.
Leão
Depois de tantos meses seguidos com tanta energia exteriorizada e tanto reconhecimento do nosso próprio brilho, este mês traz-nos mais um desafio a superar. Os últimos tempos foram, apesar de tudo, dum correr relativamente simples das situações. Embora possam ter havido desafios, a realidade, e é importante sabermos olhar bem para ela, é que conseguimos sempre fluir com a nossa vida e ir superando os obstáculos. No entanto, a vida está a trazer-nos mais desafios e ajustamentos, mais questões sobre as quais temos de nos debruçar e reflectir, sobre nós mesmos, sobre o que temos e o que pretendemos para a nossa vida. Neste momento, o nosso lado mais inocente e criança, tão característico da energia de Leão, deriva em pensamentos profundos, dramas e agonias. O 10 de Espadas, a carta cuja energia nos irá orientar durante este mês, nem sempre é uma carta fácil, pois ela pede-nos algo que, tantas vezes, é complexo. Observemos o mundo à nossa volta, não o dos outros, mas o nosso próprio mundo, ao mesmo tempo que olhamos a nossa vida de frente, com a maturidade real e concreta que sabemos ter, e compreendamos que há muitas coisas que vemos com uma certa dose de drama e medo, algo que apenas nos faz desperdiçar energia e não nos permite avançar nas nossas vidas. Tantas vezes dramatizamos as questões, seja por uma questão de hábito, de reflexão do nosso medo ou, tão simplesmente, como uma forma de criarmos alguma dinâmica nas nossas vidas. A questão é que tal não nos permite ver que, apesar dos problemas ou das dificuldades, com a nossa determinação e com a devida clareza mental, existe uma solução à vista, uma resolução de todas as questões. Quando vivemos muito sob a vibração do drama, da dúvida e do medo, até uma pequena chama de uma vela, em vez de vermos como luz, vemos como a possibilidade de um incêndio e, neste mês, esta carta pede-nos que exteriorizemos mais a energia positiva e optimista que tanto nos é característica e encaremos mais a nossa vida através dela.
Virgem
O mês que passou foi de avanços, de passos fortes, mas também de grandes testes à nossa determinação e vontade. Quando avançamos nas nossas vidas, ainda que tenhamos um sorriso na cara, o coração pleno e nos sintamos satisfeitos com o que conseguimos atingir, o nosso lado mais crítico e mais cauteloso, invariavelmente, leva-nos a uma característica que também é muito nossa, a de nos preocuparmos com o caminho, com os que nos rodeiam, e isso tem um custo. O 9 de Espadas, a carta que temos como energia orientadora para este mês, não é, de todo, uma carta fácil, pois ela diz-nos que estamos a entrar numa vibração que nos poderá levar a processos excessivamente mentais de preocupação, algo que, devido à própria natureza de Virgem, não nos beneficia. Preocupar-nos é focarmo-nos em algo que ainda não aconteceu, que não existe, e que nem sequer sabemos se se irá concretizar. Quando nos preocupamos, desgastamos a nossa energia em algo que não faz parte de nós e tal só nos irá fazer atrasar a nossa caminhada. Sim, os passos que temos dado são grandes, mas não teremos já pensado bastante neles, não os calculámos e previmos todos os seus pormenores? Então, neste momento, preocuparmo-nos é apenas um desgaste desnecessário e perdermos o foco daquilo que é realmente importante para a nossa vida e para o caminho que ainda temos de percorrer. Se ficarmos presos nesta vibração, os passos que decorrem dos que acabámos de dar vão-se tornar mais lentos e mais dolorosos, pois a nossa mente não está focada no que é importante. Ainda que estas preocupações possam, com toda a certeza, ter em conta outras pessoas, que podem estar directa ou indirectamente ligadas a nós, de nada serve estarmos nesta vibração. Então, perante cada situação, é preciso apaziguar a nossa mente e o nosso espírito, ouvir o nosso coração e manter nele vivo o nosso propósito, alimentando-o, acima de tudo, com um dos nossos maiores desafios, o da Fé, e tal é, como bem sabemos, a antítese do que tantas vezes queremos, é acreditar ainda antes de acontecer, é confiar em tudo o que temos feito e entregarmo-nos, de coração aberto, ao que realmente é importante, pois tudo o resto é consequência, é retribuição dessa mesma entrega.
Balança
A energia de Balança continua a ter uma energia bastante positiva a orientar o seu mês. Depois de tantos desafios, de tantas mudanças e conquistas, agora é preciso continuar a dar valor e a desfrutar do que temos vindo a colher nas nossas vidas. Por isso, nada melhor que a energia do 3 de Copas para nos orientar nestas próximas semanas. Sem dúvida que ainda existem desafios pela frente, caminhos a trilhar, obstáculos a superar, mas se ficarmos presos a essa perspectiva, desgastamo-nos e não iremos conseguir atingir, de forma plena, o nosso propósito. Então, é preciso recarregar baterias, é preciso preencher o nosso coração e o nosso espírito com alegria e com amor, pois é a sua energia que nos vai dar a força e a confiança que, mais tarde, iremos necessitar. Não nos esqueçamos que Outubro é o mês que tem o Sol, na maior parte do seu tempo, a transitar no nosso signo e, como tal, este é o tempo de relaxar e aproveitar um pouco mais a nossa vida, dar valor às coisas que realmente são importantes para nós, deixando para trás um período mais difícil. A nossa natureza, embora Balança seja um signo de Ar, é de vivência e da expressão das emoções. Quando não o somos capazes de fazer, deixamos de ser nós mesmos e entramos num lugar escuro e sombrio do nosso Ser, onde temos de fazer chegar a nossa Essência para o iluminar. Esta carta pede que saibamos ser gratos pela vida, pelas coisas boas, mas também pelas que nos fazem sofrer, pois todas elas constroem-nos enquanto seres, fazem parte da nossa caminhada. Quando vivemos em gratidão, extraímos de nós a mais profunda e sincera alegria, afastamos o medo e as dúvidas e trazemos um novo alento para as nossas vidas. Gratidão e celebração são duas das chaves para este tempo que estamos a viver, pois vivendo-as, sem nunca esquecermos do caminho que fizemos até aqui, temos a capacidade de ver os próximos passos que temos pela frente e abraçá-los com a consciência do nosso próprio propósito.
Escorpião
O mês que passou marcou a saída definitiva, pelos próximos quase 30 anos, de Saturno pela energia do nosso Signo. Os últimos anos foram de grandes transformações e mudanças, de resgate de questões que estavam bem profundas no nosso ser, mas nestes últimos meses fomos confrontados com muitas coisas que estavam ainda mais escondidas, obrigando-nos a trabalhar mais fortemente em nós mesmos. Agora, que tudo o que precisava de ser revelado, já o foi, que já fomos confrontados com as questões que precisavam de ser trazidas do nosso passado, é tempo de curar essas mesmas partes de nós e seguir o nosso caminho. Essa é a mensagem que o 6 de Copas nos traz para nos orientar durante este mês. Tudo o que não conseguimos resolver e trabalhar nas nossas vidas, e que colocamos debaixo do tapete, acaba, invariavelmente, por voltar até nós. Com outra forma, com outras pessoas, com desafios mais ou menos difíceis, tudo o que precisamos de deixar resolvido vem, incessantemente, até que, efectivamente, peguemos no assunto e o trabalhemos. Agora é o tempo de olharmos para tudo o que os últimos meses nos trouxeram, compreendermos o que ainda está nas nossas mãos para ser mexido e trabalhado e predispormo-nos a tal tarefa. Nem sempre é fácil encarar tais coisas, é verdade, mas se Escorpião é a energia, por excelência, que melhor consegue mexer com o que está escondido e estagnado, com o propósito de transformá-lo em nova vida e energia, então não podemos continuar a manter tudo isso em nós sem nada fazermos. Todos os nossos hábitos nefastos, os nossos medos e dúvidas, reflectem-se nas mais diversas situações no nosso caminho, e se olharmos atentamente vamos reconhecer cada um dos que ainda não está resolvido e trabalhado na nossa vida actual. Então, neste mês temos a possibilidade e a capacidade de resgatar esse passado e, se assim quisermos, resolvê-lo e libertarmo-nos da sua energia. Ainda que muitas coisas boas tudo isso nos tenha trazido, cada coisa tem o seu tempo e espaço próprio, e se não as movermos, elas estagnam e cristalizam, tornando-se bloqueios que, embora baseados em memórias bonitas, nada acrescentam em quem somos hoje.
Sagitário
Com a entrada definitiva de Saturno no nosso signo, um conjunto de situações que precisavam de se ajustar têm a possibilidade, durante os próximos tempos, de ganhar novo rumo. No entanto, Saturno é uma energia que nos pede algo oposto à nossa natureza. Ele pede-nos calma e paciência, mas o que procuramos constantemente é expansão. No entanto, as duas coisas são possíveis de acontecerem simultaneamente, e é isso que A Estrela, uma das mais positivas cartas dos Arcanos Maiores, nos traz como orientação para este mês. Crescer implica um ajustamento constante e há momento em que esse crescimento é mais lento, quase imperceptível. Esse é o momento que estamos a viver agora e que precisamos de aceitar em nós. Por vezes as situações parecem paradas, nada parece avançar, mas olhemos bem para o nosso caminho e compreendamos que tantos passos foram dados, tantas dificuldades foram ultrapassadas, que agora é preciso relaxar e descansar um pouco os nossos esforços, recuperar energias e deixar que o Universo faça o seu trabalho. Quando nos habituamos ao ritmo incessante dos problemas, das lutas constantes, estar mais calmo e parado parece algo errado, mas há que aceitar este momento, pois ele pode ser, se assim permitirmos, verdadeiramente mágico. A Estrela é uma carta que nos traz uma energia de esperança e Fé, que nos lembra que um dos momentos mais importantes do crescimento de uma semente é quando ela está dentro da terra, invisível aos nossos olhos, mas a alimentar-se, a despontar e a crescer, principalmente, para baixo, nas raízes, que serão o seu suporte enquanto planta. Então, neste mês, saibamos alimentar as sementes que já plantámos, continuar a dar-lhes vitalidade e criar as nossas próprias raízes e bases de crescimento. Confiemos no Universo e nos seus desígnios, sem nunca pararmos de fazer a nossa parte. As sementes já foram plantadas, agora é tempo de investir para, mais tarde, podermos vê-la tornar-se uma árvore e colher os seus frutos.
Capricórnio
Os desafios continuam para a energia de Capricórnio e este mês, mais uma vez, temos a energia do Diabo como orientação para o nosso caminho. A passagem de Plutão pelo nosso signo tem sido altamente transformadora e, por isso, é natural estarmos a viver energias mais fortes e intensas, desafios mais pesados que têm como propósito revelarmos a nossa verdadeira essência e libertarmo-nos das amarras que ainda nos prendem. Esse é o propósito também deste mês, em que, mais uma vez, somos confrontados com a necessidade de reconhecermos e reajustarmos, se for caso disso, o que é realmente importante para nós. Olhemos para nós, para as nossas vidas, para o que pretendemos ter e conquistar, e compreendamos sobre que bases colocamos o nosso caminho, o que temos cultivado e o que ainda precisamos de trabalhar. Sem dúvida que temos feito um grande percurso, que temos mudado muitas coisas em nós, mas em nós estão enraizados hábitos, dependências, medos e anseios que ainda precisam de ser mexidos e transformados. A ambição de nos superarmos, de ultrapassarmos as nossas próprias barreiras, não pode ser baseada em questões materiais e terrenas que, na verdade, são o único obstáculo que temos em frente. Se por um lado queremos atingir novos patamares, por outro há uma necessidade de segurança e de reconhecimento que nos está intrínseca. Chegar mais longe implica largarmos as nossas prisões e restrições, darmos um salto de fé e quebrarmos as nossas próprias barreiras, assumindo que há todo um mundo a descobrir, que não conhecemos e, como tal, não controlamos. Este mês, o desafio que nos vai ser colocado é precisamente o de não cedermos à tentação de controlar os factores que nos rodeiam e compreender que tal está ligado aos nossos medos, dúvidas e receios. Quando não controlamos permitimo-nos ser verdadeiramente donos do nosso caminho e da nossa vida, pois permitimos que ela flua e nos traga aquilo que realmente precisamos de trabalhar. Porém, quando tentamos controlar cada passo, focamo-nos nessa tarefa e não estamos atentos ao que nos rodeia, olhamos apenas para baixo e não para o horizonte e, dessa forma, as oportunidades e as possibilidades passam-nos, com toda a certeza, ao lado.
Aquário
Se no mês que passou foi-nos pedido que déssemos passos importantes na nossa caminhada, que tomássemos decisões e as começássemos a aplicar, neste somos levados a um dos grandes testes que sempre nos são colocados, o de termos paciência para com nós mesmos e os nossos processos. O 7 de Ouros é uma carta que nos lembra que quando plantamos sementes precisamos de as deixar crescer e permitir que os seus frutos amadureçam antes de os poder colher e usufruir do seu sabor. No entanto, precisamos também de nos lembrar que paciência não significa imobilismo nem prostração, não significa que não há trabalho a fazer. Muito pelo contrário, enquanto as sementes crescem e os frutos amadurecem é quando mais trabalho é necessário, de cuidado, de alimento, de dedicação. O tempo que estamos a viver é, precisamente o da entrega às sementes que plantámos. As decisões já foram tomadas e passos nesse sentido já foram dados, tenham sido muito grandes ou muito pequenos. Tal não importa, pois agora é tempo de nos dedicarmos ao que já nos propusemos a fazer e alimentar a nossa sementeira. É importante não perdermos o foco no nosso propósito, pois a nossa ânsia de querer mais, diferente e mais rápido, muitas vezes, impede-nos de atingir os objectivos como realmente os definimos. Há, neste momento, um lado da nossa energia que precisa de ser revisto e pensado, o da insatisfação, que nos leva a, quando não vemos resultados concretos, abandonar algo e dispersarmo-nos em divagações mentais. Para tal poder ser resolvido, precisamos de deixar o nosso coração falar mais, precisamos de trazer as nossas emoções ao de cima e uni-las aos nossos propósitos e objectivos, pois elas serão o alimento do nosso crescimento e o que irá, certamente, trazer mais estrutura à construção daquilo que pretendemos para o caminho das nossas vidas. Nenhuma casa se inicia pelo telhado. Pelo contrário, é preciso criar as fundações primeiro para podermos, de seguida, assentar nelas o chão, as paredes e, por fim, o telhado. Assim também é o nosso caminho e o que pretendemos construir nas nossas vidas.
Peixes
A paz que no mês passado nos foi trazida, depois de tantos desafios que temos vivido, dá lugar agora a novos caminhos, novas decisões e novos passos a dar. O Imperador é uma carta forte e concretizadora, que nos diz que agora chegou o momento de tomar decisões. Se até agora temos deixado, e bem, que a vida nos levasse até onde tínhamos de chegar, agora é aquele momento em que nos é pedido que façamos escolhas e tomemos opções sobre o nosso percurso. Tomar decisões implica assumir um compromisso, nomeadamente connosco mesmos, sobre o que queremos e pretendemos para nós. Esta carta não nos pede apenas uma simples decisão, pede-nos que tenhamos a consciência que nós somos, em todos os sentidos, os criadores e construtores da nossa vida. Tudo o que pretendemos, assim como tudo o que temos, é resultado do que decidimos, escolhemos e criamos, e quando tomamos consciência disso, assumimos essa mesma responsabilidade e, dessa forma, largamos de toda a vitimização, eliminamos o medo e os receios e abraçamos, verdadeiramente, a nossa vida. O que temos vivido nestes últimos meses foi o que precisámos para desconstruir uma série de bases sobre as quais a nossa vida assentava, bases essas que estavam cristalizadas e, na verdade, apodrecidas. Apenas quando deitamos abaixo o que já não constitui uma estrutura sólida para nós é que temos a possibilidade de construir de novo, com mais força, mais solidez e maior. Agora é o tempo de colocarmos esse propósito em nós, pensarmos de forma elevada e grande as nossas vidas, definirmos caminhos, objectivos e entregarmo-nos a eles, reconhecendo que em nós existe um poder enorme e único, o de criar, o de gerar, mas que tal só é possível quando assumimos que a responsabilidade dessa mesma criação está, acima de tudo, nas nossas próprias mãos.
Muito bom, Leonardo! As conexões da astrologia com o tarôt se complementam e tornam bem mais ricas as mensagens. Bela ferramenta para o nosso trabalho pessoal em tempos tão decisivos. Muito grata.
Sueli (Madresilva)
Muito grato eu, Sueli! 🙂