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Voltar à Consciência

20151103

Bom dia!

Os últimos dias foram muito importantes e enriquecedores para mim. Diversos caminhos que me tenho proposto a fazer fizeram-me ver e tomar consciência de questões minhas das quais ainda apenas tinha tido vislumbres e, por isso, estas pedras que me foram reveladas agora têm a possibilidade de se transformarem em diamantes.

Acredito que todas as respostas que precisamos, em relação a tudo nas nossas vidas, estão dentro de nós mesmos. A grande questão é que, desde há muito tempo, vivemos mais focados no que está fora de nós, no que nos é exterior, e, por isso, ouvir-nos é, muitas vezes, difícil. O mundo que nos rodeia é cheio de solicitações e obrigações que nos consomem o tempo e a energia. O momento que estamos a viver, cheio de vicissitudes e crispações, é propício a que nos sintamos mais esgotados e cansados. Dessa forma, é difícil ouvir o que o nosso Eu Superior tem para nos dizer.

Olhar para nós e ouvirmo-nos nem sempre é fácil. Muitas vezes, o que vemos e tomamos consciência não é bonito nem simples de encarar, muito menos de modificar. Contudo, para mim, esse processo de compreensão de nós mesmos é o grande catalisador da nossa evolução e da nossa ascensão, que permite libertarmo-nos da limitação da matéria, do corpo, e tocarmos no que existe de sublime do nosso ser, de moldarmos a massa do nosso propósito de vida e compreender o que viemos, aqui à Terra, fazer.

Habituámo-nos a procurar no mundo exterior o que “dava trabalho” encontrar em nós. Em vez de buscarmos a nossa felicidade na realização pessoal, na concretização do nosso propósito de vida, procurámos antes arrecadar posses que mascaravam essa falta, que nos davam conforto. O mundo cresceu, a tecnologia deu-nos mais coisas para podermos usar, mas, ao olharmos para o mundo que nos rodeia, o que nos podia esclarecer, aproximar e tornarmo-nos mais humanos, simplesmente, serviu para nos escondermos, para criarmos ainda mais confusão, para descarregarmos o que, no mundo concreto, não conseguimos expressar.

Fundimo-nos também com o ritmo incessante do nosso dia-a-dia, com as obrigações, com a desmultiplicação em inúmeros papéis, deixando o mais importante de lado, o de sermos nós mesmos e de estarmos bem connosco. Contudo, quando nos permitimos voltar a essa consciência, o Universo leva-nos por caminhos que dissipam os nevoeiros e permitem que a Luz ilumine as Sombras, para que as possamos compreender, encarar e trabalhar. Voltar a essa consciência é caminhar em nós mesmos, é travar aquele ritmo vigente antes que o Universo se encarregue de o fazer, é acender a luz da lanterna que é o nosso coração e iluminar o caminho que nos leva a tudo o que, efectivamente, nos propusemos a aprender e compreender nesta jornada aqui na Terra.

Por isso a nossa alma sorri quando, no meio destes momentos, vemos coisas sobre nós que nunca tínhamos visto ou que, tão simplesmente, não havíamos compreendido, quando tomamos consciência de processos que ainda precisamos de viver. Nesse momento, o coração que andava meio a tremer, como aquelas chamas bamboleantes das velas, começa a encher-se de Amor e de Luz e tudo o que era confusão ou dúvida transforma-se em foco e estabilidade. Tudo isso pôde acontecer, tão unicamente, porque nos propusemos a ouvir-nos, não só aos nossos anseios e aos nossos receios, mas também ao nosso corpo físico, a magnânima bússola orientadora das nossas questões. Porque também nos permitimos encarar os nossos medos, e ainda que nada esteja totalmente resolvido nem ultrapassado, há uma paz que começa a preencher o nosso coração.

Na verdade, é esse patamar que temos de nos propor a atingir, o de vivermos em plena paz interior, e tal só é possível quando nos ouvimos, quando damos importância ao que necessitamos, ao que nos cria frustração, ao que nos impede de sermos felizes, sem máscaras, sem manipulações, ainda que, para isso, muitas coisas que pareciam estar bem e estáveis nas nossas vidas, tenham, na realidade, de ser deixadas para trás.

Boa semana!

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