Chegámos a Dezembro e, embora pareça que ainda agora o ano iniciou, a realidade é que já estamos a aproximar-nos a passos bem largos do seu final. Depois de um mês tão forte, intenso e conturbado, a energia de Sagitário traz-nos um pedido de fé, de esperança e de entrega a uma consciência maior, de certa forma pedindo-nos que possamos, nesta época em que se celebram tantos momentos importantes, nas várias crenças e movimentos, retomar um pouco da nossa essência e acreditar mais no poder do Amor, da Fé e da partilha. É esta energia que as Conexões para este mês nos transmitem.
As Conexões para a energia dos Signos trazem-nos, juntamente com a energia do Tarot, mensagens, orientações e ideias para as doze dimensões do Ser que estão sempre a operar connosco. Através destas conexões, poderão ver a mensagem quer para o Signo Solar (o “nosso” signo), quer para o Signo Ascendente (se for diferente), e compreender ainda melhor o trabalho a fazer neste mês! Para além da Conexão dos Signos, e já para começar, uma mensagem geral para os próximos dias!
Dezembro
Os últimos meses têm sido intensos e fortes, com muitos desafios, mas também com muito trabalho interior, e tal tem sido reflectido também nas solicitações que as Conexões nos têm feito, com cartas fortes e muito ligadas ao nosso lado mais emocional. Este mês, movimentado por natureza, leva-nos às tradicionais festividades e celebrações familiares, relembrando-nos desses laços e levando-nos a uma vivência mais emocional. É também essa energia que o 6 de Copas nos traz para nos orientar neste mês, pedindo-nos que recordemos um pouco do caminho que temos feito, que coloquemos em causa a nossa forma de estar na vida e façamos uma simples reflexão. É tempo de tomarmos consciência de nós mesmos, das nossas escolhas e vivências, de forma a podermos também resgatar um pouco da nossa essência e compreender o que é verdadeiramente importante nas nossas vidas. Olhemos para trás, para quem fomos naqueles momentos de maior inocência das nossas vidas, compreendendo que esse ser não está perdido no passado, mas está sempre dentro de nós, pedindo que saibamos reconhecer que existem coisas mais importantes do que as guerrilhas, as ambições, as posses, os bens, o materialismo, a ganância ou a inveja, que há uma beleza única e singela na partilha, no amor, na aceitação, na vivência da esperança plena de um mundo que, acreditamos, pode ser muito melhor. No entanto, esta carta pede-nos que saibamos recuperar essa memória perdida e voltemos a ser um pouco da criança que fomos e que existe em nós, nomeadamente na inocência e na fé, na beleza de acreditarmos que podemos ser felizes, na consciência de que, para atingirmos essa mesma felicidade, não precisamos de todas aquelas coisas que, em adultos, fomos levados a pensar que seriam necessárias. É a simplicidade do amor e da dádiva, da partilha e da união, que nos tornam melhores seres humanos e é importante que tal não seja apenas um reflexo da época, de humanidade, palavras e atitudes vãs, mas sim algo que guardamos em cada dia no nosso coração e aplicamos em cada momento nas nossas vidas. Só dessa forma podemos ser melhores e almejar também que o mundo que nos rodeia seja mais belo.
Há um tempo para plantar, há um tempo para colher e há um tempo de espera e cuidado que é tão importante, ou talvez ainda mais, que os outros dois. Todo o trabalho que foi feito nos últimos meses teve um grande propósito, o da nossa própria mudança e transformação, que foi como sementes que estivemos a plantar e que precisamos agora de alimentar e cuidar para que deem frutos. Contudo, o que nos é pedido agora nem sempre é fácil nem simples de fazer, pois a nossa energia, impaciente e rápida por natureza, é profundamente adversa ao que o 7 de Ouros, a carta que nos orienta este mês, nos solicita. O ano está a chegar ao final e este último mês traz-nos sempre um tempo de reflexão. Reflexão não significa estarmos parados à espera que o mundo nos traga algo que tanto esperamos, mas sim olhar para o caminho trilhado e compreender que agora é tempo de cuidarmos das tais sementes plantadas, trabalharmos para os objectivos traçados, e esperar, calmamente, que os frutos surjam, cresçam e amadureçam, compreendendo que tudo tem um tempo e um momento certo, que a retribuição do nosso esforço, do nosso trabalho, da nossa entrega, virá quando estivermos verdadeiramente preparados para a acolher e dela podermos disfrutar. Tal como na parábola do Mestre, a semente só pode crescer num terreno que esteja preparado para tal. Por isso, neste mês é também importante que saibamos abrir o nosso coração para o caminho que definimos, que traçámos e que pretendemos fazer, para os objectivos que nos propusemos, compreendendo que, sem dúvida, a nossa vontade e paixão são parcelas essenciais do nosso sucesso, mas que também é preciso trabalharmos em nós e compreender que tudo tem o seu tempo certo para se tornar naquilo que realmente pretendemos para nós. A pressa em resultados e em concretizações é sempre impeditiva de atingirmos o potencial total do nosso esforço e, invariavelmente, deriva em algum tipo de frustração. Por isso, agora é tempo de esperar, de disfrutar e de cuidarmos de nós, não esquecendo, sem dúvida, do caminho que pretendemos, mas olhando para o nosso coração e sentindo-nos merecedores deste trilho que definimos e em que, todos os dias, avançamos mais um pouco, damos mais um passo.
Touro
Com o ano a chegar ao final, é tempo de olharmos para trás e compreendermos tudo o que temos vivido, tudo o que passámos, todo o caminho que temos percorrido. Mais do que vermos o que conseguimos atingir, o que conseguimos obter, é tempo, principalmente, de compreendermos se tudo o que fizemos, foi de coração aberto, em dádiva absoluta, e tal só é visto quando olhamos com os olhos do coração para o que a vida nos tem dado. Quando damos Amor, é também Amor que recebemos, essa é a mensagem que o 2 de Copas, a maravilhosa carta que o Tarot nos oferece como energia orientadora deste mês. Quando vibramos em Amor, em dádiva, em partilha, qualquer que seja o caminho que façamos, para além de estar em sintonia com o nosso propósito, tem a bênção divina, o que significa que o Universo encarrega-se de nos dar tudo o que necessitamos e merecemos. Se tal não está a acontecer, precisamos de olhar para nós e compreender se ainda estamos a dar demasiada importância a coisas que, na realidade, não são assim tão essenciais, se estamos mais preocupados com questões de bens e posses, se continuamos a comparar-nos com os outros, sem perceber que tais pensamentos são verdadeiramente negativos e diminuidores das nossas próprias capacidades e do nosso poder pessoal. Tal visão sobre nós mesmos, nada mais é do que tomarmos consciência do Amor que temos por nós mesmos e de como o nosso coração está aberto ao mundo, está pronto a dar, mas também pronto a receber. O Amor começa dentro de nós, é uma verdade, mas ele não se manifesta apenas no que conseguimos dar. Tão importante quanto a dádiva, é também receber, e embora parece fácil fazê-lo, a realidade é que, tantas vezes, sentimo-nos pouco merecedores daquelas coisas que tanto desejamos, parecendo, dentro de nós, que remamos sem sair do mesmo sítio, lutamos por algo que nunca chega, sem compreender que tal acontece porque, no fundo do nosso coração, não nos sentimos verdadeiramente dignos de bênçãos nas nossas vidas, porque também, tantas vezes, fazemo-nos de forte e não nos queremos sentir vulneráveis ou frágeis. Então, neste mês, um período tão importante e forte de dádiva e partilha, sejamos capazes de dar, de coração, a nossa essência, mas saibamos abrir também esse mesmo coração para podermos receber o maravilhoso Amor que o Universo, das mais diversas formas, tem para nos oferecer.
Gémeos
Este ano foi de inúmeros altos e baixos para a energia de Gémeos, levando-nos da mais profunda racionalidade à mais intensa emoção, o que, muitas vezes, nos desvia do nosso caminho e nos cria barreiras, que nos desgasta e mói. No entanto, é apenas dessa forma que conseguimos ver o nosso mundo como ele realmente é, sem a mente criativa e intensa, descobrindo as nossas zonas de conforto, confrontando-nos com o que já atingimos na nossa vida e compreendendo o que realmente queremos para nós. Essa é a proposta que este último mês do ano nos traz, manifestado pela energia do 2 de Paus. Por vezes colocamos objectivos nas nossas vidas, coisas que consideramos serem importantes de atingir, que a nossa mente nos diz que são o nosso caminho. Tantas vezes também, quando lá chegamos, compreendemos que não nos satisfazem assim tanto, que não nos preenchem o coração como pensávamos que iria preencher. Então, é preciso perceber que todos os caminhos que escolhemos podem e devem ter algum planeamento mental, algum direccionamento, mas que a grande decisão deve ser, primordialmente, feita com o nosso coração, pois ele é a bússola da nossa essência, do nosso propósito de vida, que quando o seguimos, cada passo preenche-nos de vitória, de sucesso, de amor, dá-nos a plenitude de uma missão cumprida. Este é o momento em que nos é pedido para olharmos para os nossos caminhos e compreendermos se eles nos estão a trazer a felicidade que procurámos ou não. Se eles não nos estão a dar o que esperávamos, então é tempo de avaliar se estamos de coração aberto para esses caminhos, se nos estamos a dedicar ou se, tão simplesmente, estamos a viver a energia do nosso signo numa das coisas que de pior tem, o fogo fátuo da curiosidade por um tema ou por algo, o largar depois de ver, sem aprofundar, sem nos darmos, sem sentirmos o que nos pode fazer crescer, como nos pode direccionar mais para quem viemos ser nesta vida. É tempo de fazermos essa reflexão e escolher sair das nossas zonas de conforto para poder descobrir o brilho do mundo que está lá fora à nossa espera.
Caranguejo
Este ano tem sido forte e intenso, até por vezes duro, para a energia de Caranguejo, e este mês, para terminar o ano, traz-nos mais um desafio. Por vezes, quando passamos por caminhos de muitos obstáculos e dificuldades, ficamos magoados e levantamos barreiras e defesas que, embora possamos sentir que são necessárias, pois não queremos repetir a experiência de dor e sofrimento, na verdade, se olharmos bem, impedem-nos de viver e de aproveitar o que a vida tem para nos dar. Essa é a mensagem que o 9 de Paus, a energia que nos vai orientar neste mês, nos traz para estas semanas. As experiências mais duras, os desafios mais difíceis, deixam-nos marcas e cicatrizes, mas são também eles que mais nos ensinam e mais nos fazem crescer, pois representam aqueles degraus que temos de subir para atingir um patamar mais elevado, para evoluirmos na nossa missão. Quando não vemos tais situações dessa forma, não somos capazes de extrair o ouro do chumbo da dor, entregando-nos ao sofrimento, tornando-nos vítimas de nós mesmos e defendendo-nos de verdadeiros moinhos de vento. Cada obstáculo que nos é colocado contém em si mesmo uma profunda aprendizagem que é preciso ser extraída, e tal só pode ser feito vivendo o esforço e a dor da sua lapidação. Ao vivermos presos na dor do passado, nas experiências que nos magoaram, vamos esperar de tudo o que a vida nos apresenta a mesma vivência, as mesmas dificuldades, a mesma dor, colocando-nos sempre à defesa, não nos permitindo abrir o coração e aceitando cada caminho como único e especial, como uma escolha profunda e divina de evolução que, no fundo, é reflexo de outros caminhos trilhados. Então, neste momento, o que nos é pedido é que saibamos assumir a responsabilidade do que temos vivido ao longo destes meses, sem culpas e sem medo do que a vida tem reservado para nós, abrindo o coração e mandando abaixo todas aquelas barreiras que, sabemos, ainda estão levantadas e que nos impedem de encontrarmos a nossa felicidade.
Leão
A energia de Leão tem vivido alguns dos desafios mais fortes destes últimos meses, e este não será excepção. Com tantas provas e testes, invariavelmente temos de nos confrontar com questões mais profundas do nosso caminho, nomeadamente aquelas em que sentimos maiores bloqueios, maiores dúvidas e às quais nos sentimos aprisionados, e é esse trabalho que o Diabo, carta potente e intensa dos Arcanos Maiores, nos traz como energia orientadora destas próximas semanas. Chegou o momento de olharmos com os olhos do coração para o nosso caminho e para o ponto em que nos encontramos hoje, de forma a percebermos se continuamos a dar mais força ao ego do que à nossa Essência, se continuamos presos à necessidade de controlo e de domínio de tudo o que nos rodeia, ou se, pelo contrário, permitimo-nos viver em aceitação, em conexão com o Universo, compreendendo que é necessário deixar fluir a nossa vida, deixar-nos envolver pelo caminho que, a cada momento, escolhemos como nosso. Quando tentamos controlar demasiado os factores da nossa vida e da nossa caminhada, damos excessiva força ao ego e deixamo-nos controlar pelas suas necessidades, deixando, mais uma vez, de ser nós mesmos. Essa é a grande tentação que enfrentamos com esta carta e que nos pede que não nos deixemos aprisionar por tudo o que foi o nosso passado, por tudo o que um dia fomos, pelas nossas inseguranças e medos, pelos nossos medos, vícios e dependências. Quando abrimos o nosso coração não perdemos a nossa identidade, pelo contrário, até a reforçamos, pois somos capazes de ver, compreender e seguir o nosso caminho, o nosso propósito de vida. É a vivência pelo ego, baseados no medo e na dúvida, no controlo constante, que nos apaga e nos reduz, que não nos permite ser nós mesmos, que nos condiciona nos nossos passos. A maior libertação que podemos viver é em relação a nós mesmos, é o rasgar dos nossos limites para podermos mostrar e viver a nossa essência, e é isso que nos está a ser pedido neste momento, para que possamos fechar este pequeno ciclo e iniciar um novo ano plenos duma nova energia, mais focada e única.
Virgem
Este tem sido um ano intenso para a energia de Virgem, com muitos desafios e aprendizagens, que nos tem feito crescer e compreender muito melhor quem somos e qual o nosso caminho. Quando o fazemos, de coração aberto, vamos ganhando a capacidade de nos precaver e de antever os obstáculos que estão à nossa frente, e é essa a energia que o 7 de Paus nos vem trazer como orientação para estas próximas semanas. Todos os desafios e obstáculos que a vida nos coloca, como já compreendemos, são reflexo dos caminhos que escolhemos percorrer, que se tornam degraus de crescimento e evolução quando assumimos o poder e a responsabilidade das nossas vidas e compreendemos que tudo tem uma origem em nós e apenas nas nossas mãos está o poder de tornar o chumbo em ouro. Quando o fazemos, colocamo-nos numa posição de vantagem, pois conseguimos visualizar de forma privilegiada o caminho que estamos a percorrer e, se estivermos bem centrados em nós mesmos, antever quaisquer obstáculos e desafios. O que nos é pedido neste último mês do ano é que nos foquemos em nós mesmos e na nossa caminhada, pois só dessa forma poderemos estar preparados para qualquer situação que venha a surgir. Centrarmo-nos implica abrirmos o nosso coração, aceitando, sem pressas nem impaciência, os nossos caminhos e as nossas escolhas, compreendendo também que, embora os últimos tempos tenham sido de grandes lutas, não precisamos de estar sempre de armas na mão à espera de uma eventual batalha. Quando é a nossa essência que está a dirigir a nossa vida, e não o nosso ego, não precisamos de estar sempre em alerta para as ameaças, pois conseguimos vê-las bem antes de chegarem até nós. Dessa forma, também, podemos permitir-nos viver, ser nós mesmos, de coração pleno, com a consciência de cada decisão tomada, de cada passo no nosso caminho, sem entrarmos naqueles habituais jogos mentais de vivência de problemas em antecipação, de ansiedade e medo. O segredo está sempre naquele equilíbrio que, sabemos, não é fácil de encontrar, mas que é tão essencial, o que nos leva à vivência plena da nossa essência.
Balança
A energia de Balança tem sido confrontada com muitos desafios durante estes últimos meses, e este não será uma excepção. Um dos nossos maiores e mais intensos propósitos é o do equilíbrio, o que nos leva a tentar que todas as partes duma equação estejam satisfeitas, amplificando, tantas vezes, a nossa natural indecisão e levando-nos a uma vivência profundamente mental das questões que deriva, inevitavelmente, em mais insegurança. O que o 2 de Espadas, a carta que nos orientará durantes estas semanas, nos traz como mensagem é precisamente este alerta profundo, para que não sejamos consumidos pelos processos da nossa mente e saibamos, na verdade, libertarmo-nos dessas inseguranças. Somos seres mentais, é verdade, e procuramos que, na nossa mente também, todos os factores estejam equilibrados, numa senda perpétua de algum tipo de justiça. No entanto, não nos apercebemos que, ao vivermos tão focados nesse tão ideal ponto, acabamos por nos apagar de todo o processo, de nos colocar em segundo plano, e é essa atitude que nos leva também à vivência de medos, dúvidas e inseguranças nas nossas vidas. Este mês iremos ser confrontados com esses nossos processos pessoais, com as áreas da nossa vida onde precisamos de nos colocar em primeiro lugar, largando as protecções excessivas, abrindo o nosso coração e deixando as nossas emoções falarem. Tantas vezes escudamo-nos nesta busca de equilíbrio para não vermos o mais básico do nosso caminho, as nossas necessidades emocionais, a nossa saudável vulnerabilidade. Somos humanos que necessitam de contacto com outros humanos, de partilha e emoções. É certo que a nossa energia é do elemento Ar, de dinâmica mental, o que nos leva a procurar um equilíbrio conceptual, mas a verdade também é que esse equilíbrio, primeiro e acima de tudo, tem de começar dentro de nós, nos nossos valores, na vivência das nossas emoções, das nossas carências e necessidades, tem de começar, no fundo, no reconhecimento do quão especiais somos. Esta carta, neste mês, relembra-nos que não é mantendo a postura defensiva, tentando fechar-nos, não querendo ver aquelas coisas que são por demais evidentes, que seremos capazes de ser felizes. Pelo contrário, é de coração aberto, vivendo as nossas emoções que, sem dúvida, o conseguiremos atingir.
Escorpião
No mês que passou foi-nos pedido que encontrássemos uma plataforma de estabilidade, que olhássemos para dentro de nós e soubéssemos preparar-nos para novos desafios. Pois bem, eles estão a chegar e é preciso que saibamos e consigamos estar atentos para que os possamos compreender, identificar e abraçar com toda a intensidade. Essa é a mensagem que o Pajem de Paus tem para a nossa energia nestas próximas semanas. Tudo o que temos vivido, todos os desafios que nos têm sido colocados, tiveram como único propósito o de podermos reconhecer o nosso verdadeiro caminho, abrir o nosso coração e redesenhar a nossa vida. Se continuámos presos ao passado, às memórias e às mágoas, aos hábitos e padrões, então permanecemos enclausurados no nosso ego e é preciso aproveitar a oportunidade constante que o Universo nos dá de nos libertarmos. No entanto, se, pelo contrário, já fomos capazes de compreender o grande desígnio que é o nosso propósito de vida nesta Terra, então novos desafios estão ao nosso alcance, desafios que precisamos de ter consciência e de agarrar com todas as nossas forças. Há um novo impulso dentro de nós que é tão simples e fácil de sentir, basta que deixemos de fugir de nós mesmos, não só das nossas capacidades como, principalmente, das nossas sombras, reconhecendo que viemos até cá para nos transformarmos, para abrirmos o nosso coração sem medo do que a vida tem para nos oferecer, para nos libertarmos e nos desapegarmos por completo de tudo o que a vivência da matéria implica e, dessa forma, revelarmos os grandes dons e capacidades que existem dentro de nós. Ao fazê-lo, novos caminhos são abertos, luz é trazida onde antes só as sombras existiam, e novas oportunidades nos são dadas de cumprirmos ainda mais do que nos propusemos. Então, nestas semanas, saibamos olhar para dentro de nós e ver o que a vida nos está a dar, saibamos também compreender o que pretendemos abraçar, recordando-nos que tal só deve ser feito de coração aberto, com entusiasmo e alegria, que só faz sentido agarrar uma oportunidade que nos faça sorrir, por dentro e por fora, que nos acenda o nosso fogo interior, que nos traga vida. Se assim o fizermos, os próximos caminhos serão, sem dúvida, muito gratificantes e de uma beleza singular, a nossa própria beleza!
Sagitário
Pelo segundo mês consecutivo, a energia de Sagitário é orientada pela maravilhosa carta da Imperatriz, mostrando-nos que o caminho que foi iniciado no mês passado é para continuar, e que precisamos de dar mais força e maior intensidade ao nosso lado emocional para podermos criar e manifestar o que pretendemos para as nossas vidas. Tudo o que tem um fim, tem também um propósito, o de trazer alimento e energia para um novo início, para uma nova vida. Essa é uma das mais belas preposições da natureza e da vida na Terra, mas também um dos grandes pilares da nossa própria existência. Quando somos capazes de aceitar e reconhecer os ciclos em que vivemos, não sofremos mais e, pelo contrário, somos capazes de canalizar a nossa energia para criar um novo caminho, novas oportunidades e uma nova consciência para as nossas vidas. Esta maravilhosa carta relembra-nos também que é de coração aberto e amando-nos a nós mesmos que somos capazes de encontrar soluções para os mais complexos desafios que a vida nos apresenta, que só podemos ultrapassá-los dessa forma, trazendo de dentro de nós o mais profundo amor e mais sincera entrega e dedicação ao que acreditamos e sabemos ser o nosso caminho. O Universo tem-nos mostrado tudo o que precisamos de ver e de saber, tem-nos trazido os alertas e as condições que são necessárias para darmos um novo rumo àquelas questões que tanto nos têm preocupado. No entanto, também nos tem mostrado que chegou a altura de ultrapassar os nossos medos e de sermos verdadeiramente donos da nossa vida e do nosso caminho, que tal só é possível quando nos deixamos de todas as regras e normas que tantas vezes regem as nossas vidas e trazemos para a luz a nossa verdadeira essência, a da fé, da dedicação, da criação e do optimismo. Sem tais premissas, a energia criadora da Imperatriz não consegue ter expressão e apenas nos direcciona para uma vivência sofrida e para um descontrolo das nossas próprias emoções. É preciso focarmo-nos em nós mesmos, orientarmos a nossa vida para o que sentimos ser o nosso caminho e deixarmo-nos fluir, crescer, alimentando-nos de fé, esperança e energia positiva, pois só dessa forma poderemos ver crescer também os nossos projectos e sonhos, os frutos da nossa sementeira. É tempo de sonhar um pouco, de nos alimentarmos dessa energia, mas também de dar os passos fortes e sedimentados para atingir esses mesmos sonhos, o que apenas é possível quando nos desapegamos do medo de perder, do medo de não conseguir, quando nos tornamos verdadeiramente livres da única coisa que nos pode prender, nós mesmos.
Capricórnio
Todo o caminho que temos feito nestes últimos meses tem, como bem sabemos, um enorme propósito, o da nossa profunda transformação e da compreensão de quem somos e do nosso caminho. Se depois de tanta movimentação, no mês que passou foi-nos pedido para pararmos um pouco a nossa mente e focarmo-nos no que era realmente importante, este mês é-nos pedido para abrirmos os nossos olhos e tomarmos consciência de algumas coisas, de alguns processos, de nós mesmos. Essa é a energia que o Ás de Espadas nos traz como orientação para esta semana. É certo que temos vivido fortes desafios, que os tempos, tantas vezes, têm sido de profunda dor, mas também sabemos, é algo intrínseco à nossa energia, que é dessa forma que conseguiremos aprender mais, que poderemos crescer e evoluir, que temos a possibilidade de nos superarmos a nós mesmos, atingindo todo um novo patamar na nossa caminhada. Para tal, é preciso que agora, no mês em que o Sol vai entrar na nossa energia, recordando-nos que no caminho para a Luz impõem-se passagens pelas sombras e pelas agruras da nossa transformação, tomemos a consciência do propósito maior de tudo o que temos vivido. Para tal, precisamos de focar-nos em nós mesmos, parando um pouco, reconhecendo que tão importante como chegar ao topo da montanha, é viver todo o caminho, quer os momentos de avanço, quer os momentos de paragens para recuperar a energia, pois de nada serve chegar ao cume sem forças para nos colocarmos em pé lá mesmo no topo e podermos ver o que atingimos. O caminho continua, sem dúvida, mas é o foco em nós mesmos que, agora, nos permite encontrar as soluções que tanto temos procurado, que nos permite reconhecer que em nós estão as chaves para todas as portas que se cruzam fechadas no nosso caminho e que encontrá-las passa por termos consciência que é na nossa mente uma grande parte do processo acontece. É tempo de nos libertarmos de pensamentos negativos, de derrotismos crónicos que tantas vezes alimentamos, de nos afastarmos de influências menos positivas e deixarmos que seja a nossa consciência a indicar-nos o caminho. Se assim o fizermos, seremos capazes de transformar a nossa vida, pois veremos a verdade sobre nós mesmos, sobre o que nos rodeia e sobre os caminhos que pretendemos seguir. A transformação que temos estado a viver só é possível quando deixamos de ser a lagarta e somos capazes de ver, em pleno, a bela borboleta que podemos ser.
Aquário
O ano está a chegar ao fim e há também para a energia de Aquário um ciclo que se fecha. Temos vivido vários desafios, temos feito muitos caminhos, mas agora, neste ano que termina, é preciso olhar para o que temos vivido e prepararmo-nos para o que há na nossa frente. Tal implica, conscientemente, fechar uma porta atrás de nós e dirigirmo-nos para outra que se apresenta à nossa frente, e essa é a mensagem que o Mundo, uma carta tão positiva, tem como orientação para a nossa energia nas próximas semanas. Olhemos para os últimos meses, para todo o percurso que temos feito, compreendendo cada passo que foi dado, cada escolha que foi feita, entendendo também que tudo o que vivemos hoje é reflexo desse mesmo passado e da aprendizagem que ele nos trouxe. Assumir a responsabilidade pelo nosso caminho é como abrir um livro de enorme sabedoria e integrar tudo o que ele tem para nos dar. Há um novo mundo que se abre, um caminho que se compreende, quando compreendemos que tudo o que vivemos hoje é reflexo de escolhas e decisões, mais ou menos conscientes, mas todas relevantes. Por isso, neste mês o que nos é pedido é que olhemos para os caminhos traçados, para tudo o que temos vivido, e fechemos os ciclos e as situações que sabemos que precisam de conclusão, aceitando e sendo gratos pela aprendizagem que nos proporcionaram, mas compreendendo que agora é tempo de darmos um novo alento e uma nova orientação para esses mesmos temas. A compleição e a felicidade que pretendemos para as nossas vidas só é possível quando somos capazes de compreender que tudo tem um início e um fim, e que esse fim tem de ser vivido com gratidão, mas também com seriedade, pois esticar um fim, esperando que ele possa mudar, não é caminho para a nossa evolução, pelo contrário, apenas nos traz mais sofrimento e frustração. Então, neste momento, sejamos capazes de olhar para nós mesmos e libertarmo-nos do que em nós já fez o seu trabalho, para que possamos, dessa forma, abraçar os novos desafios que nos esperam.
Peixes
Depois de um mês tão forte e positivo como o anterior, com oportunidades a surgirem no nosso caminho, agora é o tempo de reconhecermos o seu valor emocional e sentirmos o nosso coração mais pleno, partilhando essa mesma satisfação e esse amor com aqueles que são para nós especiais. Essa é a mensagem que o 10 de Copas, uma das mais belas e harmoniosas cartas que o Tarot tem, nos traz para este mês. O tempo é de emoções, partilha e dádiva, algo que tão importante é para a natureza da energia de Peixes, algo que tanto preservamos e queremos transmitir. Então, é preciso começar por nós e compreender que essa mesma vivência tem de ter terreno fértil no nosso coração, para que possa crescer, dar folhas e frutos, para que então possamos partilhar com os outros tudo o que construímos e conseguimos desenvolver em nós. Por outro lado, é tempo também de olharmos para trás e ver o caminho percorrido. Muito vivemos nestes últimos meses e sabemos, sem dúvida, que há muito mais caminho pela frente. No entanto, se olharmos bem para dentro do nosso coração, vamos sentir aquele calor que nos mostra que há esperança num caminho melhor, que o que vivemos foram aprendizagens necessárias e que agora é tempo de, como a própria época, acreditar que há Luz no fundo destes túneis que temos estado a percorrer. Esse é o sentido da fé, algo que tanto gostamos de incentivar nos outros, mas que tão pouco cultivamos dentro de nós, caindo, tantas vezes, no erro e na tentação de nos anularmos, de nos colocarmos em segundo plano. Quando vivemos a fé e a esperança em nós, vamos poder também dá-las a quem connosco estiver, a quem necessita dela, compreendendo e valorizando também aquilo que recebemos em troca. Aproveitemos o momento e a época para deixar a nossa profundidade emocional vir ao de cima, partilhando a nossa visão única com os que amamos, levando até aos corações de quem nos rodeia um pouco da magia que vivemos dentro de nós, pois dessa forma nos sentiremos mais plenos e mais completos.