
Bom dia!
Esta semana e a próxima, que tem como início a Lua Nova de Aquário e o Ano Novo Chinês, o Ano do Macaco de Fogo, trazem-nos dias muito fortes, muito intensos, com uma energia também muito interessante. Este não é, sem dúvida, o tempo de fecharmos os olhos ao que a vida nos quer mostrar. Cada dia mais, sinais nos estão a ser mostrados e mensagens chegam até nós sem sequer precisarmos de as pedir. Contudo, cabe-nos a nós estarmos disponíveis para as ver, para as receber, para as compreender.
Os céus, nestas semanas, vão trazer-nos energias fantásticas, mas que serão muito produtivas, se assim as permitirmos revelarem-se nas nossas vidas. Júpiter, no seu movimento retrógrado, encontra-se com o Nodo Norte, numa maravilhosa e brutal conjunção, partilhando as suas energias, abrindo caminhos que se vão reflectir dentro de nós, que se vão espelhar numa busca interior que precisamos de, neste momento, fazer e, se assim quisermos, permitirmo-nos fazer uma viagem fantástica ao nosso Eu profundo, mostrando-nos a nossa Essência.
É nestes momentos em que a palavra que não me tem saído da mente nos últimos dias faz todo o sentido: silêncio. Diz-se que a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro, e quando o Universo nos abre um enorme caminho à nossa frente, falando connosco a cada segundo que passa, com sinais e símbolos, o silêncio é essencial para que possamos entender tudo o que nos está a ser transmitido.
Dentro de cada um de nós existe um Universo, tão vasto como aquele que nos rodeia, com tantos ou ainda mais segredos por descobrir do que aquele que, à nossa volta, contém as estrelas e os planetas, os cometas e os asteroides. No Universo há um silêncio profundo que impera e contrasta com uma vibração peculiar e única que cada corpo celeste emite. Da mesma forma, no nosso Universo interior, há um silêncio que fala, mas que cabe a cada um de nós saber ouvi-lo, interpretá-lo, conhecê-lo.
Na azáfama da vida na Terra, das exigências do ego, do mundo terreno, o silêncio não mais é reconhecido como uma parte do nosso ser, como o era há tantas e tantas eras, noutras civilizações, noutros tempos. Perdemos o sentido do olhar para dentro, de descobrir no silêncio do nosso ser a verdade sobre a nossa essência. Falamos demais, ouvimos de menos, gritamos por dentro, sofremos com as palavras que não dizemos, mas muito mais com aquelas que, no silêncio, se perdem num vazio que nos consome, impedindo-nos de olharmos o nosso caminho, a nossa verdade interior.
No momento que estamos a viver, com tudo a direccionarmos, mais do que nunca, para dentro de nós mesmos, ouvir o silêncio é encontrar respostas que procurávamos há muito, é ver aqueles sinais que o Universo nos envia, é encontrar o nosso centro, aquele que nos permite estar em sintonia com o nosso Eu, com a nossa essência, pois só dessa forma conseguiremos, também, conhecer e estar em uníssono com o propósito que nos trouxe a esta vida na Terra.
A vida, o Universo, como lhe quisermos chamar, fala-nos por sinais, mostra-nos pequenas parcelas de informação que precisamos de conjugar e compreender. Podemos perguntar, porque é que não falam connosco de forma directa, sem códigos ou esquemas, mas o mais provável é que não gostássemos da resposta. Quando ouvimos o nosso próprio silêncio, conhecemos e contactamos com o maior mestre que existe, a nossa própria consciência, o nosso Universo interior. Então, compreendemos que tudo está dentro de nós e que, na verdade, não precisamos de sinais ou mensagens estranhas, só precisamos de aceder à extraordinária dimensão do nosso Espírito, do Universo interior que é tão gigantesco, que leva vidas e vidas terrenas a ser descoberto, e que quando avançamos para uma nova parte, percebemos que ele se expandiu, cresceu, elevando o nosso percurso a uma jornada, transformando cada passo numa peregrinação em direcção ao nosso Sol Interior, à divindade que cada um de nós é.
Boa semana!