fbpx
Scroll Top
Avenida Miguel Bombarda, 21 - 7º Dto - 1050-161 Lisboa

Amores-Perfeitos

amoresperfeitos

Hoje, às 15:21 (hora de Lisboa – UTC-1), vivemos o Equinócio de Outono no hemisfério Norte, o momento em que o tempo de dia e de noite é igual, onde luz e sombra se equilibram, pedindo, em cada um de nós, também uma reflexão. O Verão termina e o Outono começa a abrir o caminho até ao Inverno, que, por sua vez, nos levará a uma nova Primavera, mantendo o ciclo perpétuo das estações que nos rege aqui na Terra. Tal como na Natureza, também há um tempo em nós, em cada ciclo, para nos reequilibrarmos, libertarmo-nos do que já não nos faz falta, limparmos a nossa alma de tudo o que nos pesa, transformando essa energia em conhecimento, integrando-a em sabedoria, elevando o nosso espírito e tocando o divino através da fé, essa mesma fé que nos move em direcção a um tempo de morte e nos faz acreditar num novo renascimento.

Duas vezes em cada ciclo, em cada ano, os pratos da balança se equilibram. O primeiro momento é marcado pelo Equinócio da Primavera, a entrada do Sol no signo de Carneiro, o início do ano astrológico, o início do ciclo; o segundo é o que vivemos agora, o Equinócio de Outono, o ponto central do ano, o momento em que o Sol entra no signo de Balança e onde tudo se reequilibra, onde tudo se reflecte, pois esse reajustar nada mais é do que a percepção do que Eu sou perante o outro, do que eu tenho a dar e do que eu me permito receber. Se no primeiro momento, o novo ciclo se impulsiona, neste segundo momento somos levados a olhar para o caminho percorrido e a ajustar o que sentirmos necessário. Mente e coração unem-se agora para amplificar a visão da nossa vida e permitir-nos, olhando para trás, assimilar as vivências e, dessa forma, também, podermos olhar o futuro com uma nova perspectiva. O segredo, mais uma vez, é o momento, o agora, libertando-nos desses extremos que são prisões e alinhando-nos com o fiel da balança, o presente. Assim, nas nossas mãos, o nosso livre-arbítrio amplifica-se, exactamente na mesma proporção em que respeitamos o outro, pois na verdade não existe um outro, ele é um espelho de mim mesmo.

Nos céus, este Equinócio eleva-nos a consciência duma forma extraordinária, solicitando-nos uma atenção redobrada, um foco especial, preparando-nos para as atitudes que os tempos que se atravessam à nossa frente pedirão. Mercúrio, em Virgem, terminou o seu percurso retrógrado e, agora, estacionário, vai começar a retomar a sua velocidade no movimento directo, trazendo-nos tudo o que, nestas últimas semanas, foi pensado, reflectido, sentido e percepcionado até à Luz do momento presente, pedindo-nos que, agora, cada acção seja tomada em consonância com essas mesmas conclusões. Ao mesmo tempo, Plutão, em Capricórnio, desacelera e estaciona, preparando-se para voltar ao seu movimento directo nos próximos dias, impulsionando transformações, colocando nas nossas mãos a responsabilidade por trazer para a superfície tudo o que no nosso submundo, nos últimos meses, foi visto, sentido e gravado em nós.

A beleza de tudo isto está em que estes dois planetas, por estes dias, fazem um trígono perfeito, alinhando e partilhando as suas energias, funcionando como um super adubo para as sementes de transformação plantadas dentro de nós, já alimentadas pelos eclipses deste mês, mas que agora começam a rasgar a terra, a crescer e a florir. Num momento com tantas crispações, com tantos conflitos pelo mundo, mas também em nós mesmos, com tanta intolerância, medo, falta de entendimento, de aceitação e compreensão, esta junção de energias é poderosa, mas, se mal gerida, poderá ser muito perigosa. A chave está em olharmos para nós, para o nosso caminho, para o nosso propósito de vida, e reconhecermo-nos como únicos, mas olhando e reconhecendo também, para cada um dos que nos rodeia, neste mundo inteiro, essa mesma condição, essa mesma verdade. O Sol, ao entrar em Balança, caminha para a perfeita conjunção com Júpiter, trazendo-nos a consciência da beleza da vida, relembrando-nos que ela é uma dádiva divina, ao mesmo tempo que é uma escolha que está, em cada momento, em cada um de nós, que devemos cultivar, preservar e respeitar, em nós e nos outros, pois é dessa forma que chegamos ao nosso Eu Superior.

Se soubermos aproveitar estas energias, ou seja, se abrirmos o nosso coração, se formos honestos e verdadeiros connosco, se nos libertarmos de todas aquelas coisas que repetidamente temos sido avisados que nos consomem e destroem, se vivermos em aceitação, amor, fé e perdão, então, de certeza, iremos colher algumas das mais belas flores nas nossas vidas, pois não importa o tempo, a estação do ano ou o mês, a Mãe Natureza sempre nos presenteia com a sua singularidade, recordando-nos que cada momento tem a sua beleza certa, em pleno equilíbrio, que se a Primavera nos traz as Camélias, o Outono traz-nos os Amores-Perfeitos.

Posts Relacionados

Deixa um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Privacy Preferences
When you visit our website, it may store information through your browser from specific services, usually in form of cookies. Here you can change your privacy preferences. Please note that blocking some types of cookies may impact your experience on our website and the services we offer.