No passado dia 12 de Dezembro dei uma palestra na Sopro d’Alma, em Lisboa, onde falei sobre 2017, sobre os seus desafios, mas também sobre o momento que estamos a viver no nosso planeta. O ano que está a terminar, claramente, tem sido um ano onde os véus que ainda restavam estão, um após o outro, a serem rasgados. No fundo, 2016 tem sido um ano de abertura de consciência, algo que nos tem obrigado a fazer escolhas, escolhas essas que derivam em profundas e importantes decisões. A intensidade deste último ano, embora esperada, tem mexido muito connosco, tem-nos levado a caminhos e acontecimentos que, até há bem pouco tempo, pareciam impensáveis.
Com o novo ano já prestes a chegar, é preciso compreender que 2017 traz-nos uma energia diferente, um pouco mais suave, mas, acima de tudo, traz-nos a necessidade de abraçar a Luz que existe dentro de nós mesmos, da nossa Centelha Divina, e, finalmente, viver! Este será o tempo de integrarmos essa Luz nas nossas vidas, permitindo-nos ver quem somos e os nossos caminhos, possibilitando-nos, assim fazer as escolhas de forma consciente e cumpri-las. Abraçar a Luz não é algo místico ou transcendente por si só, é uma atitude consciente de podermos ser quem realmente somos e, como todo o conhecimento e experiência adquiridos nestes últimos tempos, o Universo coloca essa responsabilidade nas nossas mãos de forma ímpar.
Acredito que 2017 é um ano de Esperança, mas sem a vivência, dentro do coração de cada um de nós, de uma verdadeira Fé, elevando as nossas almas através do Amor, dificilmente tal energia poderá ser traduzida em algo bom e luminoso. A Fé que nos é pedida não é a em algo exterior, seja uma religião, um governo ou algo fora deste planeta, mas sim em nós mesmos, na capacidade de voltarmos a ser, verdadeiramente humanos. Este aligeirar de energia, acredito também, é uma pequena dádiva do Universo a cada um de nós para por em prática algumas das lições aprendidas nos últimos tempos. No entanto, não podemos relaxar e pensar que já está tudo bem, pelo contrário, temos de compreender que tempos mais duros ainda virão, não como castigo, mas sim como resultado de uma simples premissa. Este é um tempo de responsabilidade, e ela pede-nos um enorme compromisso connosco mesmos, mas também com a sociedade, com o mundo que nos rodeia, com o planeta Terra, que nos recebe e nos dá tudo o que necessitamos.
Nas mãos de cada um de nós está, cada dia mais, a responsabilidade de cumprirmos o caminho que viemos aqui trilhar, de apreender e integrar as aprendizagens que, como alma, nos propusemos a fazer na Terra, a libertarmo-nos das amarras da matéria e podermos transformar a vida numa verdadeira elevação da nossa Centelha Divina. Somos partes de um Todo divino e a esse todo iremos voltar, mas é necessário que esse retorno seja uma Ascensão, um resgate da nossa essência, um elevar do nosso ser que transforma o mundo que nos rodeia.
Regido pela Roda da Fortuna, 2017 pede-nos que deixemos a vida fluir, que permitamos que o caminho nos seja mostrado, que nos libertemos das necessidades de controlo, que consigamos compreender que não vale a pena tentar saber onde vamos chegar para depois dar o primeiro passo, quando esse objectivo só ganha forma com cada passo que, efectivamente, damos. Num ano astrológico, no meu entendimento, regido por Saturno, e tendo em conta que esta é uma energia global e profundamente espiritual, o Mestre dá-nos as ferramentas que, de certa forma, já nos ensinou a usar, mas exige-nos que nos comprometamos com aquilo que já vimos sobre nós, sobre o nosso caminho, sobre quem queremos ser. Por este motivo, terminei esta palestra com as seguintes palavras:
A Luz não está fora de ti, mas dentro.
Não se esgota, é infindável.
Compreende quem és, nas tuas diversas dimensões
e compreenderás o mundo que te rodeia e o Universo.
Abraça a tua Luz e abre o teu coração,
liberta-te do que realmente te limita e ascende.