No passado dia 18 de Dezembro dei uma palestra na Sopro d’Alma, em Lisboa, onde falei um pouco sobre este ano de 2018. Como tem sido habitual, tenho feito uma espécie de antevisão de alguns dos desafios do ano, numa perspectiva de compreender o que um novo ciclo nos traz, a vários níveis. Contudo, esta palestra foi um pouco diferente, na medida em que se foi para além do próprio ano de 2018, falando-se dos próximos anos, dos próximos tempos e do que a Terra, no seu processo de evolução e ascensão, nos está a pedir.
Que este é um ano que vai puxar por nós, creio que já se consegue perspectivar, que nos vai pedir que atravessemos muitas das nossas sombras, de forma a compreendermos e a desbravarmos caminhos em direcção a nós mesmos, também já se torna óbvio, mas, sem dúvida, e acima de tudo, este será um ano que nos pedirá responsabilidade e compromisso, entrega e rendição, se submissão, de forma a podermos crescer e mudar muito das nossas vidas. É preciso que sejamos capazes, agora, de olhar, analisar e compreender o percurso feito, individual e colectivamente, e assumir a responsabilidade das sementes que, consciente ou inconscientemente, plantámos, de forma a podermos colher os frutos e fazer novas sementeiras, com maior foco, direcção e compromisso.
É preciso compreender que não podemos chegar à Luz sem atravessarmos as Sombras, estejam elas dentro de nós, no mundo que nos rodeia ou em cada caminho que percorremos, mas é nestas encruzilhadas que a vida nos coloca, nestes momentos chave, que temos a capacidade de abrir o nosso coração e deixá-lo ser a luz que nos orienta, e é esse trabalho que, de certa forma, este ano já nos está a solicitar. Se assim o fizermos, acredito, estes próximos tempos serão, sem dúvida, extraordinários.