Desde há muitos anos que expresso uma crença, a de que somos todos Peregrinos nesta vida, sempre, com maior ou menor consciência, em busca de um sentido e em direcção à nossa essência. É esta a linha que me guia neste podcast, onde trago conversas com a Alma e olhares para dentro de nós e do mundo em que vivemos. Explorando temas de Espiritualidade e de Esoterismo, caminhando através da Astrologia e no Tarot, procuro desmistificar temas e compreender os tempos que vivemos, olhando-os de forma prática, real e concreta, mas sempre profunda.
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A Intuição é um conceito que, de certa forma, está presente na ideia de todos nós, mas nem sempre é visto duma forma profunda e compreensiva, sendo até, muitas vezes, tratado de forma sobrenatural e até fantasiosa. No entanto, a Intuição é uma dimensão muito profunda e bela do nosso ser, que, quando trabalhada, se torna um verdadeiro caminho na nossa vida aqui na Terra. É verdade que, muitas vezes, olhamos a Intuição como algo mais sensitivo ou emocional, mas ela está, na realidade, ligada à nossa dimensão e ao nosso corpo mental, embora num sentido muito elevado. Quando acedemos a esta dimensão de conhecimento conectamo-nos a um lado divino do nosso Ser, à mente de Deus que em nós está presente. Aceder-lhe até é simples e acontece muito frequentemente, mas tomar dela consciência leva-nos a ultrapassar os limites da matéria e trazer para este plano uma chave para o cumprir do nosso propósito maior. Por isso, trabalhar a Intuição, a nossa mente elevada e consciente, torna-se essencial para o tempo que estamos a viver, onde as nossas feridas estão tão acesas, alimentadas por medos e emoções a eles associadas, criando vivências radicais e extremadas que toldam e moldam o nosso discernimento e as nossas decisões, pois é através dela que retornamos ao nosso centro, que estamos presentes na nossa Vida e no Agora. É através dum trabalho consciente e profundo sobre esse lado do nosso Ser que abrimos portais de compreensão e, assim, fazemos maravilhosos processos de transformação Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
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O que nos move? O que nos impulsiona a sermos nós mesmos? Compreender que cada um de nós traz consigo para este plano terreno um propósito de vida para trabalhar e para, em última instância, cumprir, algo que, de certa forma, está presente na nossa ideia. Podemos trabalhar muito no seu entendimento e até ter uma ideia mais ou menos definida dele, mas colocá-lo em movimento e cumpri-lo implica mais do que uma simples tomada de consciência, algo que, na verdade, não é estanque, mas sim um profundo e constante processo. Cumprir o nosso propósito implica vontade, determinação, entrega e dedicação, e tal não é possível sem ambição. No entanto, este é um conceito que, no mundo em que vivemos e que fomos construídos, está muito associado a poder e a coisas da matéria. Quando fazemos um caminho de desenvolvimento pessoal e espiritual, esta ideia de ambição nos foi incutida faz com que nos desliguemos dela, causando-nos até alguma repulsa, pois não queremos ficar presos à matéria. Contudo, a ambição é um mecanismo divino de impulso do nosso ser, uma enorme e poderosa força motriz, que depende de como a alimentamos e nutrimos, como um motor que pode funcionar melhor ou estragar-se consoante o combustível e o óleo que lhe colocamos. Quando movida por carências, por coisas da matéria, ela pode ser bloqueadora e destrutiva. Contudo, quando movida por consciência, alinhada com a nossa essência e com o nosso coração, ela leva-nos a ultrapassar os limites que estavam no nosso horizonte e a chegar mais longe no que, em alguns momentos, parecia impossível de se atingir. É assim que compreendemos que não se tratou nunca de coisas da matéria, mas sim de deixar o nosso legado, de nos elevarmos à potência do nosso espírito. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Falamos muitas vezes dessa ideia de fazermos um caminho espiritual, mas dizemo-lo, muitas vezes também, sem compreender o que ele representa e o que ele nos oferece, confundido até com a ideia e o conceito de espiritualidade. No entanto, um caminho espiritual não é um percurso nos temas e experiências de espiritualidade, mas sim o percorrer e cumprir daquilo que é o propósito que nos trouxe a este plano e o reconectar com a nossa Essência. Quando nascemos, iniciamos um caminho de desenvolvimento, damos o primeiro impulso para o cumprimento dum propósito e duma jornada que chamamos Vida. É nesse momento tão especial que se inicia uma etapa da nossa evolução, um percurso que se enquadra dentro dum caminho muito maior que é do nosso próprio Espírito na sua jornada de autoconhecimento. Cumprir o nosso caminho espiritual é alinharmo-nos com o propósito do nosso Espírito e compreender que tudo o que fazemos, tudo o que somos e tudo o que construímos precisa de estar em sintonia com essa verdade maior da nossa Essência. É essa conexão que permite que completemos a jornada com a consciência da manifestação plena de quem somos, que encontremos em tudo o que fizemos e experienciámos terreno fértil para plantar sementes, para nutri-las e delas colher os frutos. Todos conhecemos o famoso adágio de Don Antonio Machado, poeta e dramaturgo espanhol, que diz: “Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao andar.” Esta ideia, tão forte e poderosa, é um reflexo dessa verdade que reside em cada um de nós. Embora o caminho esteja, de certa forma, desenhado, é nas nossas mãos, nas nossas escolhas, na nossa consciência, que ele ganha forma e conteúdo, mas tal só pode ser feito quando está ligado ao nosso centro, ao nosso coração, pois só daí se poderá estender a todos os que nos rodeiam. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Desde o princípio dos tempos, quando o homem primitivo levantou os olhos aos céus e, no meio da noite densa e escura, viu, deste lugar de destaque que é a Terra, a imensidão do Universo, que se abriu uma ferida na humanidade. Com esse simples gesto, o ser humano descobriu uma necessidade de voltar a Casa, de preencher uma lacuna que dentro de si se instalou, profunda e, muitas vezes incompreensível. Descobrimos em nós um vazio e isso abriu a porta a uma busca que nos tem definido enquanto almas encarnadas. Dentro de cada um de nós existe um vazio. Ele faz parte de quem somos, do nosso ser, da nossa essência, e é um ponto essencial para o nosso desenvolvimento. No entanto, ele é como uma sala totalmente escura em que entramos ou como um oceano que, pleno, se afigura abaixo dos nossos pés, não conseguimos ter a percepção do que existe no seu interior e essa ideia fascina-nos na mesma intensidade que nos traz medo. O nosso Vazio chama-nos e a realidade é que, para nos conhecermos, para trabalharmos em nós e para evoluirmos, precisamos de nele entrar, de mergulhar nesse lado mais escuro do nosso ser. No entanto, sem alguma preparação, sem um trabalho sobre os nossos desafios, feridas e questões, esse mergulho pode ser uma experiência avassaladora e, até, destrutiva, fazendo-nos desaparecer em nós mesmos ou levando-nos a uma densidade emocional com a qual não saberemos lidar. O nosso Vazio pede-nos uma entrega consciente e total, pois ele é um caminho de reencontro connosco mesmos, mas que necessita também de ser feita em profunda presença aqui na Terra. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Vivemos num mundo que está profundamente polarizado, mas, na realidade, tal é um reflexo de algo muito importante que se passa dentro de nós. Todos os dias temos exemplos de como estamos a viver nos extremos, desde simples posturas e atitudes que nos rodeiam até notícias de coisas que nos chocam, como crimes sem sentido ou nexo. Todos os dias somos confrontados com situações extremas, que nos mostram fossos que se alargam a cada momento e que criam desigualdade, mas tal não é muito diferente do que, de alguma forma, muitos de nós estão a viver dentro de si. Os últimos anos trouxeram-nos muitas mudanças, fruto de grandes transições energéticas que se estão a passar e que ainda temos pela frente, e isso tem feito com que, em nós, algumas questões venham ao de cima, como problemas e feridas que estão guardadas e que precisam da nossa atenção. É neste sentido que somos levados aos nossos extremos, como forma de nos chamar a cuidarmos de nós, a olharmos para dentro do nosso ser e a voltar ao nosso centro e ao nosso coração. Neste plano vivemos em dualidade, mas ela não é uma divisão, é uma forma e um caminho de desenvolvimento e evolução que nos pede integração. Quando deixamos de o fazer, entramos em polarização e alimentamos os extremismos, esquecemo-nos de criar pontes e olhar para essas partes de nós que precisam de ser vistas, de ser cuidadas, que necessitam de amor, de colo e empatia. Fazê-lo torna-se essencial, pois sem essa mudança em nós, o mundo que nos rodeia também não terá sementes de mudança e transformação. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
“O que se coloca no caminho, torna-se o caminho.” Nesta citação do Imperador Marco Aurélio, nos seus escritos que foram compilados no livro ‘Meditações’, encontramos algo que, se olharmos com atenção, poderemos ver como essencial no nosso percurso de vida aqui na Terra. Temos o hábito de olhar os desafios como bloqueios, como barreiras que nos são colocadas e que, muitas vezes, são vistas como intransponíveis. Perante elas, tentamos contornar, fugir ou até enfrentar, mas de forma reactiva e com força bruta, pois a perspectiva que nos foi ensinada sobre o que é um desafio está deturpada, baseada na ideia de algo negativo, dum castigo, duma consequência, uma provação que tem como origem algo que fizemos de mal. Contudo, precisamos de mudar esta nossa perspectiva para podermos apreender e integrar o que, realmente, um desafio tem para nos oferecer. Um desafio, um obstáculo, é como uma montanha que surge no nosso caminho e que se torna parte desse percurso que precisamos de fazer. Quando surge, é como ver a montanha de baixo, parece gigante e intransponível, mas é abraçando-a, percorrendo-a, que a vamos superando e a nossa perspectiva muda. Da mesma forma, quando trabalhamos sobre nós, quando paramos para olhar e trabalhar conscientemente os desafios, eles começam a revelar o seu papel e importância nas nossas vidas. Sem desafio não podemos crescer, não conseguimos evoluir, mas isso implica encará-lo e trabalhá-lo de forma séria e comprometida, sem romantizações que nada mais são do que mais uma forma de fuga. Percorrer a montanha no nosso caminho é tornarmo-nos parte dela e ela parte de nós e, com essa mesma consciência, podemos compreender que trabalhar o desafio que se coloca no nosso caminho é integrar o seu ensinamento e crescer com ele. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Conhecer e trabalhar as nossas bases e a nossa origem é um caminho muito importante para nos compreendermos melhor e nos transformarmos. São as memórias que nos constroem, elas são a matéria-prima que nos forma, e estão guardadas nas nossas células e na nossa energia desde o momento da nossa concepção, desenvolvendo-se connosco, formando os tecidos do nosso corpo, mas também da nossa identidade. É através da família que essas memórias são trabalhadas e é nela que encontramos o terreno fértil para que a semente de quem somos, o nosso potencial de manifestação plena, possa crescer. A família é, por isso, uma peça essencial, o terreno que nos nutre e a raiz que nos sustenta. Isto não significa que nos tenhamos de dar bem com as pessoas ou sermos como elas, bem pelo contrário, mas sim que precisamos de compreender e honrar a vida que através dela nos chegou e, nessa consciência, percorrer o nosso caminho, assumir quem somos e trabalhar a nossa individualidade. No entanto, é preciso também perceber que sem esta base, sem o trabalho que vimos fazer através dela, nunca poderemos viver em pleno a manifestação do nosso Eu, da nossa Centelha Divina. Sem a memória e a herança que nos forma, nunca poderemos cumprir e deixar o nosso legado, pois estaremos desconectados duma parte muito importante de quem somos, que nos trouxe até aqui e que nos oferece muito do que necessitamos para o cumprimento deste percurso aqui na Terra. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Falamos muitas vezes em mudança, planeamos e executamos alterações de hábitos e padrões, temos tudo controlado e orientado para um determinado propósito que colocámos na nossa vida e, durante algum tempo, até vai funcionando. No entanto, muitas vezes também, tudo começa a voltar ao que era antes, os padrões repetem-se e a frustração invade-nos, simplesmente porque essa mudança foi apenas exterior, sem ir ao âmago das nossas questões, das nossas feridas e processos. A mudança é importante, mas ela só tem efeitos se for levada a um propósito de verdadeira transformação, um processo que é muito mais profundo e intenso, por vezes até avassalador, pois é nele que mergulhamos nas nossas feridas, nas nossas barreiras e defesas. A transformação é um processo emocional, que nos permite sublimar o nosso ser, mas que implica um largar, um morrer de algo para o libertar da nossa essência, como um verdadeiro caminho de iniciação. Este é um processo de profunda vulnerabilidade, que nos coloca num caminho pelas nossas sombras e medos, um vazio que precisamos de atravessar e que nos pede entrega e renúncia do que, conscientemente, compreendemos que já não nos permite crescer. No entanto, é precisamente nesse processo que conseguimos resgatar importantes e cruciais parcelas da nossa Alma, curá-las e integrá-las, permitindo reencontrarmo-nos e reconhecermo-nos em nós mesmos, em quem verdadeiramente nos propusemos ser. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Viemos à Terra para vivenciar e experienciar sentimentos e emoções e, através deles, nos descobrirmos e elevarmos na nossa humanidade. São eles, acredito, com a sua dimensão e complexidade, com o tanto que têm para nos oferecer, a grande experiência da encarnação e o grande desafio de integração. Contudo, no plano terreno vivemos a dualidade e, por isso, crescemos e somos formados com conceitos como bem e mal que, sem dúvida, são essenciais para a vivência em sociedade, para a nossa sobrevivência enquanto espécie e para a nossa evolução, mas que, cobrindo tudo, incluindo os sentimentos e emoções, classificando uns como positivos e outros como negativos, colocam sobre estes últimos um peso de culpa, julgamento e castigo. Por isso, tentamos bloquear o que chamamos de emoções negativas, tentamos fugir delas, tentamos controlá-las através da nossa mente, mas as emoções e os sentimentos são fluxo, água que nada pode, eternamente, travar. O seu bloqueio pode levar-nos a uma espiral que, em última e grave instância, é destrutiva do que mais sagrado existe em nós, a vida. Os sentimentos e emoções existem para alimentar a vida e são o grande e verdadeiro poder que existe em nós, nomeadamente os que chamamos de negativos. As emoções negativas são uma enorme força que existe em nós, um poder que funciona como um impulso, mas que nos podem corromper se delas nos alimentarmos constantemente. Elas são um caminho de integração e aprendizagem e compreender o seu propósito ajuda-nos a transformar as nossas vidas, principalmente num tempo em que, com tudo o que estamos a viver, somos nelas constantemente mergulhados. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
A vida é composta de ciclos e em cada um deles existem processos que necessitamos de trabalhar, integrando as suas aprendizagens e, com elas, dirigir-nos para a manifestação do nosso verdadeiro Eu. Um desses processos, muito desafiador, mas extraordinariamente importante, é o desapego, um pedido da vida de conseguirmos largar aquilo que já não é nosso, que já não pertence ao nosso caminho e não nos permite crescer. O desapego não é um simples processo, é uma vivência que nos pede uma profunda consciência, um mergulhar dentro de nós para que possamos resgatar a essência que cada situação contém em si mesma e que é essencial ao nosso crescimento. É através dele que nos reencontramos no nosso poder pessoal, que cortamos fios de dependências e medos que nos impedem de crescer, que nos libertamos de padrões que foram importantes num determinado momento do nosso percurso, mas que já não serve ao cumprimento do nosso propósito. Por isso, ao fazermos um processo de desapego, resgatamos parte da nossa Alma e a reintegramos na nossa essência. É isso que faz com que, na verdade, o desapego seja um verdadeiro processo de perdão e de amor a nós mesmos. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Viver no Agora é uma daquelas expressões que todos ouvimos e conhecemos, que nos são trazidas pelos mestres, professores e terapeutas, e que ganha, com tudo o que temos vivido nestes tempos, uma dimensão ainda mais forte e preciosa. Muitas vezes tentamos viver o momento, o presente, e perdemo-nos nesse caminho, tão simplesmente porque estamos a tentar fazer algo que, na realidade, de “agora” tem muito pouco. Entramos assim em extremos, vivendo numa desresponsabilização que nada tem a ver com o enorme e belo propósito do que nos é solicitado. Entender o que é o Agora é voltarmos ao nosso centro, compreendendo essa vibração como algo que, na realidade, é tão natural para nós como respirar. A nossa Essência provém do Agora, pois somos a materialização dum instante, dum momento. É isso que nos torna um Agora que se manifesta e se projecta na essência da Criação, um Espírito tornado Corpo criador. No fundo, viver no Agora é uma aprendizagem constante e uma dedicação permanente, é compreendermo-nos como co-criadores do nosso caminho e da nossa realidade, em consciência e em profunda responsabilidade e compromisso para com o nosso propósito de vida. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Um dos principais temas das nossas vidas, e também um dos mais recorrentes nas nossas buscas pessoais, em terapias e em consultas, é o tema das relações, nomeadamente as emocionais e amorosas. Crescemos e desenvolvemo-nos através das relações, sem elas não é possível ultrapassarmos o limite da simples existência e caminharmos para verdadeiramente sermos. Por isso, as relações trazem-nos tantos e tão fortes desafios. Numa relação o Eu encontra-se com o Outro, e é através desse espelho que nos descobrimos e revelamos as feridas que precisam de ser trabalhadas e curadas. No entanto, é também nesse encontro que nos auxiliamos mutuamente a trazer o melhor de nós, potenciado pelo entendimento de que uma relação é uma partilha constante e permanente, que quando alimentada de amor, de comunicação e compreensão, se torna um verdadeiro espaço sagrado de criação e de aprendizagem do que é ser no aqui e no agora. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Acredito que somos Espíritos que escolheram um caminho aqui na Terra, um percurso de aprendizagem, de evolução, de transformação neste plano que, tantas vezes, como os tempos que vivemos, são tão desafiadores. Este desafio implica estarmos aqui neste plano, num corpo físico, respeitando-o, honrando-o, integrando-o e reconhecendo-o como o veículo para o cumprimento do nosso propósito. Como Espíritos a viver uma encarnação, existe em nós uma conexão ao plano divino e ao plano terreno, como fios que nos ligam, que fluem através da nossa Alma e da nossa Consciência, ainda que muitas vezes não tenhamos disso percepção. Quando vivemos questões que desafiam a nossa estrutura pessoal ou mesmo do mundo em que vivemos, sentimo-nos desajustados, o que leva a que, de certa forma, cortemos alguma dessas ligações, criando um desequilíbrio que pode ser profundamente destrutivo. Precisamos, cada dia mais, de estar conscientes de quem somos e de quem nos propusemos a ser, o que implica estarmos presentes nas nossas vidas, não apenas existir, não estar em sobrevivência, mas verdadeiramente viver, de estarmos em verdadeira conexão com a nossa Essência. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Os momentos mais desafiadores, de crise e incerteza, levam a que, em cada um de nós, desperte uma necessidade e uma vontade de mudança e transformação. Este impulso que sentimos, que hoje vemos em muitos de nós, em relação aos mais variados temas e áreas de vida, nunca é feito de forma demasiado rápida ou até instantânea, como muitas vezes desejamos, pois a mudança é um processo e implica uma profunda consciência. O ser humano é, por natureza, criador, mas o facto de vivermos um propósito de alma e de vida consciente na Terra implica que necessitemos de ajustar esse potencial e direccioná-lo. No fundo, esse extraordinário Caos que reside em cada um de nós, fruto da nossa Centelha Divina, necessita de Ordem e, por isso, é preciso tomarmos consciência que, na verdade, somos Co-Criadores da vida, da realidade e da mudança, mas que todo o nosso potencial tem de estar integrado no nosso propósito. Quando assim nos compreendemos, olhamos para nós na nossa capacidade de manifestar a vida, entendemos que esse é o caminho para a mudança e para o materializar duma nova realidade. Assim, percebemos também como é essencial ter em nós o compromisso com o caminho de mudança que pretendemos e nos responsabilizarmos, não só pelos passos que damos, mas também pelas aprendizagens já feitas, até porque elas, também, são alimento da transformação. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Desde o início das nossas vidas que vivemos com o peso do falhar. Crescemos com um sentido de exigência e de obrigação, sob as expectativas do mundo que nos rodeia, dos nossos pais, da nossa família e da sociedade acerca do que somos ou deveríamos ser, do que temos ou deveríamos ter. Perante esta realidade, vamos condicionando a nossa essência, diminuindo a nossa luz, castrando a nossa individualidade, deixando que a ideia de falhar se apodere de nós. Em momentos desafiadores, que nos condicionam e pressionam, sentimo-nos muitas vezes a falhar, principalmente perante nós mesmos, e solicitam-nos um mudar da nossa perspectiva e do nosso conceito do que é a falha e o erro. Quando mergulhamos em nós, podemos compreender que falhar é quebrar uma estrutura que acreditávamos perfeita e sólida, e é isso que permite aceder ao que está para lá de tudo o que conhecíamos. Falhar é, na verdade, um caminho que nos permite revelar a nossa essência, que contém em si mesmo um conjunto extraordinário de oportunidades. Contudo, tal implica sabermos ser mais tolerantes connosco mesmos, sabermos cuidar de nós, dar-nos colo, responsabilizando-nos, é certo, pelo percurso, pelos actos e pelos resultados, mas largando culpas e colocando-nos no lugar certo das nossas vidas. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Os tempos que vivemos são especialmente desafiadores, pois levam-nos a uma vivência muito profunda de crises. Desde o início do século que esta palavra está constantemente presente no nosso vocabulário e, nos últimos tempos, com enorme destaque e força. Todos nós, de alguma forma, estamos a viver processos de crise, seja através de coisas que se passam nas nossas vidas ou no mundo que nos rodeia. Sentimo-nos pressionados, assoberbados, inquietos ou até mesmo frustrados, levando a pôr em causa as estruturas que até aqui pareciam sólidas e fortes. A Crise é, por natureza, um ponto de separação, de divisão, que nos leva a um activar de feridas que existem em nós, mas que encontram nestes tempos um caminho de trabalho, de cura e transformação. A grande proposta que uma Crise nos apresenta é a de aprendermos a verdadeiramente viver, a largar mecanismos de sobrevivência e de controlo e a estar no Presente, no Aqui e no Agora. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
O Medo faz parte de quem somos, pois é, primeiro que tudo, um instinto primordial de sobrevivência, um mecanismo de defesa que está presente em todos os seres. O facto de sermos humanos, seres conscientes, faz com que o medo tenha uma dimensão muito mais vasta e complexa, pois, ao estar associado ao nosso Ego, ele vai ganhar uma estrutura que está em interacção com as diversas parcelas do nosso Ser: o nosso Corpo, a nossa Alma e o nosso Espírito. Costumo dizer que o Medo é a antítese do Amor, e isso significa que ele representa uma parte do nosso Ser que precisa de trabalho, de resgate, purificação e reintegração, uma parcela que, ao longo do nosso percurso, está quebrada e ferida e que, agora, pede que sejamos capazes de para ela olhar de forma diferente. O Medo não é um inimigo, não é um alvo de guerra, não precisa de ser combatido, embora seja muitas vezes esta a nossa reacção. O Medo é uma parcela de poder que está em nós, mas que precisa de ser trabalhada em Amor, encarada com Coragem, olhada através do nosso coração. Este é o tema que trago neste episódio que abre uma nova temporada do meu Podcast.
Vivemos um tempo muito especial, profundamente desafiador, que nos pede, cada dia mais, uma energia muito especial, a vivência da Esperança. Mais do que uma atitude, a Esperança é uma forma de estar, um propósito e, no fundo, um caminho. Se a Fé nos sustenta e o Amor nos eleva, nesta tríade virtuosa cabe à Esperança o lugar de nos ancorar, de tudo ligar. A Esperança é, na verdade, um importante estágio de consciência, pois ela projecta-se através da nossa mente, ligando-se ao coração e tornando-se, assim, uma energia preciosa, criadora da nossa realidade, mas que necessita de silêncio, de serenidade, pois facilmente ela se deturpa, se radicaliza, se ilude e se perde. É nesta conexão que a Esperança nos encaminha para o retorno ao nosso centro, no caminho de aprendizagem do que é Ser Humano. Este é o tema que trago neste último episódio da primeira temporada do meu Podcast.
A Vulnerabilidade é um dos temas mais difíceis e desafiadores que temos a trabalhar aqui na Terra. Por isso, ele é também dos mais poderosos e reveladores, dos mais importantes e cruciais para a nossa evolução. O mundo em que crescemos e vivemos ensinou-nos, através da sociedade, da família e da educação, a proteger-nos e a defender-nos, a usar constantemente armaduras, máscaras e capas, como se houvesse sempre um inimigo à espreita. Nesta crença alimentada pelo medo, por anseios e receios de que nos possam magoar, ferir, abandonar ou maltratar, entrámos em modo de sobrevivência e de guerrilha constantes, confundindo vulnerabilidade com fragilidade e bloqueando uma parcela importante de quem somos e do nosso potencial. Na verdade, a Vulnerabilidade é uma força, um poder, um despertar da nossa Alma, e, por isso, ela é um caminho de revelação que nos leva pela profundeza do nosso ser, que nos pede para mergulharmos no nosso submundo, encarando, enfrentando e integrando a nossa sombra, para nele e dele resgatarmos a nossa essência. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
O mundo em que vivemos está intensamente focado numa ideia de abundância constante. Seja num plano do funcionamento económico, financeiro, industrial ou social, ou até mesmo numa vivência espiritual, a abundância é vivida de forma muitas vezes excessiva e até mesmo destrutiva. Tal acontece porque nos focámos nessa necessidade, nessa zona de conforto, na ideia de ter tudo o que precisamos para não nos preocuparmos mais. Isso activa e acelera as nossas carências e mecanismos de controlo, retirando-nos um conceito essencial e que, na verdade, precisa muito mais de ser trabalhado, o da prosperidade. Ao contrário da abundância, que, acredito, é algo natural à existência humana, mas que neste plano é, de certa forma, estática, a prosperidade é um movimento, uma acção, e é, na verdade, aquilo que necessitamos mais de trabalhar. Vibrando em prosperidade, trabalhamos sobre a abundância e criamos um movimento em nós de crescimento, de ambição, não na matéria, mas sim de alma, de propósito, pois a prosperidade implica o sairmos do nosso ego e mergulharmos no nosso Eu. É nesse sentido, e para verdadeiramente caminharmos para o cumprimento do nosso propósito, que necessitamos de aprender a vivência da plenitude, que nos leva para lá duma necessidade ou dum foco e nos dirige para um profundo e mais belo sentido da vida. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Mercúrio Retrógrado é um dos temas mais trazidos da linguagem Astrológica para o dia-a-dia. No entanto, é também um daqueles temas, senão “o” tema, que menos é compreendido e que, como tal, se tornou num dos grandes focos de estereótipo e preconceito, tornando este importante processo astrológico no bode expiatório duma parte da população curiosa pela astrologia, culpando-o dos problemas que acontecem nestes períodos do ano, dos atrasos, avarias e afins. Os períodos de Mercúrio Retrógrado são profundas dádivas que temos disponíveis durante o ano para fazer um trabalho muito importante, o de pararmos, recentrarmo-nos, revermos os nossos caminhos e prioridades, de forma a podermos reorientarmo-nos e estarmos mais alinhados no nosso propósito. Vivemos tempos de tanta aceleração, onde a nossa mente é bombardeada constantemente com informação, questões, dúvidas, problemas, medos, onde temos tanto para processar e o quão difícil isso é. Por isso, entender Mercúrio Retrógrado, desmistificá-lo e compreender o seu propósito, nomeadamente no ano que estamos a viver, é extremamente importante. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
Desde o início dos tempos que tentamos compreender os nossos caminhos e orientar as nossas decisões. Esta busca levou-nos a procurar respostas, a tentar prever os nossos passos, de forma a podermos fazer tudo “certo” e a saber, exactamente, para onde devemos ir. A previsão, ou a tentativa dela, tornou-se um ponto muito central de tudo o que são linguagens e ferramentas esotéricas e espirituais, mas, ao mesmo tempo, um perigoso caminho, pois representa, muitas vezes, apenas uma manifestação das nossas necessidades de controlo e não uma busca profunda de compreensão de quem somos. Na verdade, não se trata de prever um futuro, mas sim de analisar o caminho, de entender a tendência que se está a desenhar e ganharmos foco e orientação. No fundo, o que temos disponível é uma bússola e um mapa, e um sem o outro de nada servem. A bússola indica-nos o caminho quando sabemos ou predispomo-nos a ler o nosso mapa, e nesse sentido ela orienta-nos, guia-nos, centra-nos de tal forma que conseguimos vislumbrar o “futuro”, não porque ele está predefinido, mas sim porque tornamo-nos co-criadores do nosso destino. Assim, ao mergulharmos em nós e ao nos conhecermos, podemos aceder à compreensão profunda dos nossos caminhos e processos, conquistar e cumprir o verdadeiro poder de sermos quem nos propusemos a ser. Esse é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.
O mundo e a realidade em que vivemos é dual, e tal faz parte do próprio desafio que é a dimensão e a natureza terrena. Esta dualidade, ao longo dos séculos e milénios em que vivemos na Terra, tem sido vivida em conflito, numa espécie de guerra constante entre um lado e o outro, entre o bem e o mal, entre a Luz e a Sombra. No entanto, o que a vida no planeta nos mostra é que, na verdade, Luz e Sombra são duas partes do mesmo, são duas parcelas essenciais da nossa presença e do nosso processo de evolução neste plano. Quando entramos em caminhos que chamamos de espirituais, somos muitas vezes levados a uma “ilusão de luz”, uma necessidade de sermos essa coisa que compreendemos e almejamos como luz, reflexos do nosso ego, dos medos que são inerentes à própria existência terrena.
É preciso recordarmo-nos que, na verdade, somos Luz e Sombra, que sem uma não poderemos compreender e integrar a outra, que não podemos revelar a beleza do nosso Espírito, a Luz mais brilhante do nosso Eu, sem mergulhar no nosso Inferno interior e pessoal, nas nossas sombras mais densas e profundas, sem trazer os nossos monstros, demónios e medos ao de cima. Sem esta consciência continuamos na guerra constante em que temos vivido, continuamos a alimentar o ego mascarado de espiritualidade. Sem esta consciência continuamos a viver em medo, mesmo sem o perceber, pois não fazemos o verdadeiro e mais importante trabalho, o de integração constante, o verdadeiro caminho que viemos percorrer, o propósito do Alquimista que existe em cada um de nós. Este é o profundo tema que escolhi explorar neste segundo episódio do meu podcast.
Olhar para dentro de nós, encontrarmo-nos e redescobrirmos a nossa essência, o melhor e mais divino que cada um de nós tem em si mesmo, é um dos pontos mais importantes e significativos deste momento que vivemos. O mundo que nos rodeia, assim como a nossa vida, é um reflexo de quem somos, individual e colectivamente e, por isso, quando nos conhecemos, quando mergulhamos dentro de nós, compreendemos o nosso lugar, primeiro que tudo, nas nossas vidas, depois nos sistemas em que estamos inseridos e, por fim, no mundo em que vivemos. Isso confere-nos uma maravilhosa consciência de quem somos e do nosso poder, mas também a responsabilidade de sermos melhores, de nos propormos a evoluir, a transcender a própria matéria e deixar a nossa marca, por mais indelével que seja.
Conhecermo-nos dá-nos a capacidade de construirmos mais estruturada e solidamente quem somos. É isso também que nos permite Ser e não apenas Existir. É isso também que nos permite dar mais de quem somos. A viagem de introspecção e de autoconhecimento que é tão necessária, tão exigente, mas também tão crucial, vital mesmo, é um caminho do Círculo que representa a nossa estrutura, a nossa base, a construção de quem somos, para o Centro, a nossa Essência, e é esse o tema que exploro no primeiro episódio deste podcast.